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 Assunto da Mensagem: Como curvar evitando o acidente
MensagemEnviado: terça ago 05, 2008 10:44 am 
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Inclinação em curva

Inclinarmos demasiado, encontrarmo-nos com falta de aderência, travar bruscamente ao mesmo tempo que "inclinamos"… Cair em plena curva ... provoca muitas vitimas.

Os conselhos necessários para evitar esta situação.

DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

Ainda que seja mais frequente a caída ao entrar em curva, normalmente ocasionado por elevada velocidade e deficiente travagem, já não é habitual termos problemas depois dessa fase, quando já «metemos» a moto na curva e a estamos descrevendo.Se depois de 'soltar' os travões e inclinar a moto, ainda nos parece que vamos muito depressa e pretendemos reduzir a velocidade com o travão dianteiro, podem acontecer duas situações: uma, que pressionemos demasiado a maneta, provocando um bloqueio da roda e a consequente queda; a outra, que por muito suaves que sejamos e por muito boa aderência que exista, o trem dianteiro nos «atire» para fora obrigando a abrir a traçada possivelmente mais do que desejamos.
Já durante a passagem por curva, a moto está submetida a poucas forças (nem aceleração, nem travagem) mas tem todo o apoio nas rodas e «utilizando» toda a sua capacidade de aderência. Se inclinamos demasiado, podemos chegar a uma zona do pneumático com menos aderência com consequente deslizamento. Mas o pior é se a inclinamos tanto que componentes da moto começam a tocar com o solo: as estribeiras não nos avisarão, normalmente, por serem moviveis, mas o cavalete, escape, chassis… Sim... quando roçam no solo significa o apoio que a roda terá perdido e sem esse agarre… a queda é certa.
Na última parte dessa fase da curva estaremos procurando já 'enrolar punho' para saír: esse é também um momento critico, levamos uns instantes com o 'gás' fechado e a moto rolando por inercia e se, reduzimos demasiadas 'velocidades' enquanto travávamos, a moto irá menos "solta" (talvez obrigando-nos também a abrir algo de 'gás' um pouco antes do normal). Se 'enrolamos punho' com uma 'velocidade' curta e com a moto inclinada é fácil que a moto derrape, o que pode representar um «susto» ou mesmo chegar mais longe, numa "queda pelas orelhas".

Todos estes possíveis erros é fácil vê-los em qualquer corrida, já que quanto mais no limite se está, mais fácil é que se produzam alguns deles.ESTATÍSTICAS
  • 94 % DOS ACIDENTES MORTAIS DÃO-SE COM BOM TEMPO: A CHUVA NÃO TEM QUALQUER CULPA
  • 47 % DAS VITIMAS MORTAIS EM ESTRADAS COM OS RAILS 'RECEBERAM' DESTES (OS RAILS) AS FERIDAS MAIS GRAVES
  • 40 % DOS ACIDENTES FORAM QUEDAS COM A MOTO INCLINADA
A SOLUÇÃO

No último parágrafo temos uma boa pista de como evitar uma queda por passo de curva: não 'provocar' os limites da moto nessa estrada/curva e nas nossas mãos (porque os limites são definidos por estes 3 factores) e nunca esquecer que "a estrada não é um circuito". Mas vejamos como proceder ou como bem fazer em cada uma das possibilidades referidas e que podem acabar com o nosso 'esqueleto' no asfalto ... que é duro que se farta !!!

Se sentimos que estamos entrando "passados" de velocidade e não estamos muito seguros de poder controlar a moto tocando suavemente no travão dianteiro (exercendo força justa com a manete para 'agarrá-la'), quem devemos mesmo 'chamar' à acção é ao travão traseiro que, também, nos ajudará a terminar de entrar. Como sempre, é algo que devemos de fazer com sensibilidade: se o pisamos bruscamente a roda bloqueará e a queda é segura.

Evitar inclinar demasiado a moto, para que os pneumáticos não cheguem ao seu limite ou que rocemos com alguma parte da moto e que destabilizará o conjunto, é fácil se nos movemos sobre a moto para o interior da curva. Apoiar o nosso peso na estribeira exterior é o ideal para notar como a moto seguirá bastante mais estável.

Por último, não existe melhor receita para evitar os problemas ao 'enrolar punho' do que levar uma ou duas 'velocidades' mais altas. Com uma 'velocidade' mais alta a moto entrará melhor na curva por ir mais «solta» e será muito mais suave e progressiva a sua entrada de potência aquando da saída, 'enrolando punho'.

ERROS MAIS FREQUENTES
  • Sobre estimar a velocidade de passagem pela curva
  • Travar bruscamente a metade da traçada
  • 'Velocidade' engrenada demasiado curta com abertura do punho, brusca
  • Inclinar demasiado até perder a aderência dos pneus ou roçar com algum dos componentes da moto
  • Sub valorizar a aderência do asfalto ou outras incidências
QUESTÃO DE PRÁTICA

Mobilidade aos comandos.
Nunca devemos ficar "duros" na moto quando estamos traçando uma curva. Cada moto tem o seu estilo e se é verdade que em algumas (as custom, por exemplo) não existe forma de "deslocar-nos sobre o selim", coisa que junto à facilidade de roçar com alguma parte mecânica no solo pela sua pouca altura, motiva a tomar a operação com calma. Mas nas demais motos sempre nos é possível mover-nos, inclusivé muito. Convem praticar essa "mobilidade": aprender a fazer força com as pernas para "levitar" sobre o selim e à base de jogo de pernas e força nos braços, deslocar-nos de lado a lado. Não faz falta sair-nos "à Lorenzo", porque um ligeiro movimento para o interior da curva permitirá que la moto role muito menos inclinada portanto mais distante dos seus limites.

Aqui que manda sou eu.
Não deixemos que a moto vá "por onde lhe apetece" uma vez metida na traçada: fazendo a justa pressão nos punhos podemos e devemos, decidir em cada instante por onde queremos que Ela vá. É algo que podemos praticar em qualquer rotunda. Provar e manter uma trajectoria fixa (seguindo uma linha pintada) e provar a obrigar a moto a abrir ou fechar alternativamente essa linha descobrindo que força temos que aplicar nos punhos para tal acção.
Travão traseiro.
Recordar que o travão traseiro pode «ser nosso amigo» se aprendemos a quantificar a pressão induzida ao pedal: nos ajudará a acabar de entrar por onde queremos e nos dará confiança nesse passo por curva e ao enrolar punho.


Não tem Permissão para ver os Ficheiros anexados nesta Mensagem.

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João Geraldes


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MensagemEnviado: terça ago 05, 2008 3:23 pm 
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Excelente dica, é sempre bom ler um artigo destes porque pensamos que só acontece aos outros e este tema faz reflectir um pouco.

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Marco Guedes


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MensagemEnviado: segunda ago 11, 2008 7:21 pm 
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[font=Arial Black]Quedas em travagem [/font]

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Boa parte dos acidentes produzem-se depois de perdermos o controle durante uma travagem, sobretudo na fase de entrada em curva.

O PROBLEMA

A estatísticas indicam que a entrada em curva é onde existe mais problemas. O certo é que cada curva ou o conjunto de curvas, são "um todo" e será muito complicado que a saída seja boa se a entrada não o foi. Por isso é importante analisar a curva no seu conjunto.

A entrada é fundamental: se avaliámos mal a sua dificuldade e não reduzimos o suficiente a velocidade, antes, já começamos com "pontos a menos"; haverá um momento "de não retorno".

Igualmente importante será entrar pela parte exterior: se entrarmos já por dentro, retiramos mais "pontos", porque não vemos tão bem a nossa trajectória, por um lado e, por outro, porque começamos a traçada desde dentro, e ... a partir de aí sómente podemos "abrir" … talvez para fora de mão, até ao rail ou berma nas curvas esquerdas (mau) ou até ao sentido contrário em curvas direitas (pior).

Depois dessa fase inicial, "soltamos" travões e, já com a velocidade apropriada "colocamos" a moto na curva traçando até ao ponto mais interior. Aqui, com a moto inclinada, podemos encontrar-nos com o facto de que a inclinámos tanto que "roça" e isso pode impedir-nos de fazer a curva ou fazer perder a aderência dos pneumáticos: temos que "posicionar" o corpo para dentro para poder levantar a moto na mesma medida e afastá-la dos seus limites. Também pode que nos pareça que vamos demasiado rápido: se tocamos no travão já inclinados, a direcção "puxará" para fora obrigando-nos a abrir a curva. Igualmente se exageramos a pressão na maneta direita podemos sofrer um bloqueio na roda dianteira.

Passado o ápice ou o ponto mais interior, já poderemos "enrolar punho" para saír da curva: se antes, ao reduzir, exagerámos e levamos uma velocidade curta, o motor pode responder bruscamente e poderia provocar-se uma derrapagem e queda "pelas orelhas".

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NÚMEROS
  • 41 % DOS ACIDENTES MORTAIS PRODUZEM-SE PELA SAÍDA DA VIA DE CIRCULAÇÃO
  • 100 % DE AUMENTO DE FALECIMENTOS POR SAÍDA DE VIA COM A PRESENÇA DE RAILS
  • 65 % DOS ACIDENTES OCORREM NAS ESTRADAS SECUNDÁRIAS E NOS FINS-DE- SEMANA
A SOLUÇÃO

O que mal começa mal acaba, assim que, entrar na curva "pelo sitio certo": abre a trajectória, aproxima-nos ao lado exterior da nossa via e reduz a velocidade de aproximação enquanto reduzimos, deixando ante a dúvida, sempre uma mais alta que, uma mais curta para evitar "selvajaria" quando "enrolamos punho" e para deixar a moto algo mais «solta». Aguentar pelo exterior e aproveitar a maior visibilidade da curva que nos dá essa posição para comprovar que será como esperamos, que não existe nenhum obstáculo, etc.
Então, soltar travões e entrar: já fizemos parte da curva pelo exterior e directamente procuraremos um ápice "atrasado". Até esse momento chegaremos com a moto inclinada, mas com o corpo tombado para o interior evitando não inclinar demasiado a moto, não comprometendo a sua altura livre ao solo ou a aderência dos pneumáticos, tudo em função do ritmo ou velocidade a que circulamos, claro. E se nos apercebemos que vamos algo mais rápido, não tocar no travão dianteiro: 'acariciar' o pedal do traseiro, não sómente reduzirá a velocidade senão que também ajudará a "colocar" a moto para o interior, completando essa traçada e "assentando" a moto.
Acoplar-nos com firmeza aos punhos para dirigi-la até onde a queremos e com a mirada posta na saída da curva, começando a "enrolar punho" progressivamente para recuperar velocidade e para que essa aceleração ajude no levantar da moto, abrindo a trajectória até ao exterior da curva, sempre dentro de via de circulação.


ERROS MAIS FREQUENTES
  • Entrar demasiado rápido e calcular mal a velocidade adequada para a curva
  • Entrar travando com o dianteiro e inclinado procurando muito cedo o ápice
  • Não compassar a travagem com a retenção do motor
  • Passo pela curva excessivamente apurado deixando poucas margens a retificações
  • Falta de atenção. A 'travagem de pânico' acontece
QUESTÃO DE PRÁTICA

"Soltar-entrar"

É algo que podemos praticar com facilidade em muitas ocasiões, diariamente, mas o exemplo mais claro poderia ser a aproximação a uma rotunda. Cortar "gás", travar e reduzir tanto quanto se necessite ao mesmo tempo que travamos com o dianteiro; se para além disto damos um "golpezito" de "gás" em cada redução, tanto melhor. Todavia com o travão accionado, começamos a orientar a moto até à rotunda, supondo que não vem ninguém, claro, e num instante determinado soltamos o travão «metendo» a moto para a direita, para entrar na rotunda. Agora, num instante mais tarde, deveremos fazer força no punho para a direita (sem, «contra punho») para tombar a moto para a esquerda e circular então pela rotunda. Tudo isto ocorre rápido, mas se o fazemos "pensando" aprendermos como reacciona a moto travando, soltando o travão e fazendo o «contra punho»; fazê-lo conscientemente cada vez e ... de seguida notaremos como aumenta o nosso controle sobre a moto.

Travão traseiro e controle.

De novo uma rotunda ampla e sem tráfico é o melhor local para praticá-lo. Dar voltas e tentar mudar a trajectória à nossa vontade, à base de força no punho (para a esquerda abrir-se-á, para a direita meter-se-á para o interior), e provar como muda se as pressões exercidas nos «repousa-pés» alternadamente (e já com soltura, notar-se-á mais se soltamos a mão esquerda uns instantes). Também praticar tocar suavemente no travão traseiro verificando como se altera a atitude da moto.


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João Geraldes


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MensagemEnviado: terça ago 12, 2008 6:08 pm 
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Queda saindo da curva

Inclinar demasiado, encontrarmo-nos com menos aderência do que o previsto, travar bruscamente enquanto "tombamos"… Cair em plena curva provoca muitas vitimas.

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[B][size=167]O PROBLEMA [/SIZE][/B]

Apesar ser mais frequente a queda ao entrar em curva, normalmente por chegar demasiado depressa e não travar bem, não muito frequente ocorrerem problemas despois desta fase, quando já «colocámos» a moto na curva e estamos a descrevê-la.

Se depois de soltar os travões e inclinar a moto para o ápice, ainda nos parece que vamos muito rápido e pretendemos reduzir a velocidade com o travão dianteiro, podem ocorrer duas situações: uma, que pressionemos demasiado a manete, provocando um bloqueio da roda com consequente queda; a outra, que por muito suaves que sejamos e por muita aderência existente, o punho «empurre» para fora da moto obrigando-nos a abrir a traçada possívelmente mais do que desejamos.

Já em plena passagem pela curva, a moto está sobmetida a poucas forças (nem aceleração, nem travagem) mas tem todo o apoio nas rodas e «utiliza» toda a sua capacidade de agarre. Se a inclinamos demasiado, podemos chegar a uma zona do pneumático com menos aderência com consequente deslizamento.

Mas o pior é se a inclinamos tanto que algum dos seus componentes começa a roçar no solo: os «repousa pés» avisar-nos-ão, normalmente, antes e dobrarão (por isso são movíveis) mas o cavalete, escape, chassi… se estes chegam a estabelecer contacto, é apoio que fará perder roda e sem esse agarre… a queda chegará.

Na última parte dessa fase da curva estaremos a procurar «enrolar punho» para saír: esse é também um momento critico, levamos alguns instantes com o «gás» cortado e a moto a rodar por inércia e se tivermos reduzido bastante enquanto travávamos, a moto irá menos «solta» (talvez obrigando-nos também a «gás» um pouco antes do normal). Se «enrolarmos punho» com uma velocidade curta e a moto inclinada é fácil que se produza uma derrapagem, podendo provocar um susto ou uma queda «pelas orelhas».

Todos estes possíveis erros fácilmente os podemos ver em qualquer estrada, já que quanto mais no limite estamos, mais fácil de que se produza alguma destas ocorrências.


NÚMEROS


.23 % DOS ACIDENTES FORAM SAÍDAS DA VIA
.50 % DAS VITIMAS MORTAIS EM ESTRADA, EM 2006, TINHAM MAIS DE 35 ANOS, MAIS DE 4 ANOS DE CARTA A E COM MOTOS > 500 c.c. SUPERIORES A 2 ANOS DE ANTIGUIDADE
.80 % DOS ACIDENTES MORTAIS PRODUZIRAM-SE EM ESTRADAS SECUNDÁRIAS


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A SOLUÇÃO


No último parágrafo temos uma boa pista de como evitar uma queda na passagem por curva: distanciar-nos dos limites da moto e nunca esquecer que «a estrada não é um circuito». Mas vejamos o que fazer em cada uma das possibilidades vistas que podem acabar com os nossos ossos no asfalto...

Se verificamos que estamos em excesso de velocidade e não estamos seguros de poder controlar a moto tocando suavemente no travão dianteiro, devemos sempre accionar é o travão traseiro que também ajudará a «colocar» a moto. Como sempre, é algo que devemos fazer com tacto: se o pisamos bruscamente bloqueará a roda e a queda é assegurada.

Evitar inclinar demasiado a moto, distanciando-nos do risco de que os pneumáticos cheguem ao seu limite ou que rocemos com algum componente da moto e nos desestabilizemos, é fácil ao mover-nos sobre a moto para o interior da curva, «traseiro para fora e para o solo». Apoiar o nosso peso na «estribeira» exterior e notaremos como a moto se coloca bastante «melhor».

Por último, não existe melhor receita para evitar os problemas ao «enrolar punho» do que levar uma, ou duas, velocidades mais «altas». Com um velocidade de caixa mais alta a moto entrará melhor na curva porque vai mais «solta» e será muito mais suave e progressiva a sua entrada de potência quando começemos a «enrolar punho».



ERROS MAIS FREQUENTES


.TRAÇADA INCORRECTA SEM TER BOA SAÍDA
.«ENROLAR PUNHO» MUITO CEDO
.NÃO MANTER A MOTO INCLINADA E DENTRO DA TRAÇADA ENQUANTO ACELERAMOS
.NÃO TER REDUZIDO BASTANTE A VELOCIDADE NA FASE DE TRAVAGEM E ENTRADA
.MAL ESTIMAR A ADERÊNCIA DO ASFALTO OU OUTRAS INCIDÊNCIAS



QUESTÃO DE PRÁTICA


Mobilidade nos comandos.
Não devemos ficar «tesos» na moto quando estamos traçando uma curva. Cada moto tem o seu estilo e se é verdade que nalgumas (as custom, por exemplo) não existe forma de «pendurar-nos», situação que junto à facilidade de roçar com alguma parte mecânica no solo pela sua pouca altura, motiva-nos a tomar as coisas com calma. Mas nos demais tipos sempre é possível mover-nos, inclusivé muito e convém praticar essa «mobilidade»: aprender a fazer força com as pernas para «levitar» sobre o assento e à base de jogo de pernas e força de braços, deslocamo-nos de lado a lado. Não faz falta sair-se «tipo Lorenzo», porque já um ligeiro movimento para o interior da curva permitirá que a moto vá muito menos inclinada e mais distante dos seus limites.


Aqui mando eu.
Não deixemos que a moto vá «por onde queira» uma vez metida na traçada: fazendo força no punho podemos e devemos, decidir em cada instante por onde queremos que passe. É algo que podemos praticar em qualquer rotunda. Provar manter uma trajectoria fixa (seguindo uma linha pintada) e obrigando a moto a abrir ou fechar alternadamente essa linha: descubrimos que força temos que aplicar no punho.


Travão traseiro.
Recordemos que o travão traseiro pode «ser nosso amigo» se aprendermos a modular a pressão sobre o pedal: ajudar-nos-á a terminar de entrar por onde queremos e dar-nos-á confiança na passagem por curva e ao «enrolar punho».


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MensagemEnviado: quarta ago 20, 2008 1:30 am 
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Travagem de emergência

As colisões causam 41 % dos falecimentos em acidentes de moto. 7 de cada 10 em cidade e 6 de cada 10 em estrada são causadas pelo veículo contrário, mas sermos vitímas "não nos salva" delas ... Abordaremos como melhorar as travagens de emergência tentando evitá-las.

O PROBLEMA

Que fazer perante a situação desta foto ?

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Desde logo, está claro que temos a prioridade, o automóvel deve ceder-nos a passagem. Mas somos os que nos encontramos 'em debelidade'. Dada a nosssa óbvia vulnerabilidade, perante a incerteza de sim «viu-me ou não me viu» ou, o mais importante, de sim «entrará ou não entrará», devemos pensar e actuar sempre que os veículos contrários, na realidade ... «vão atrás de nós» e pensando sempre como improvisar, antes de que se produza, uma travagem de emergência.

Para este caso e nesta sequência, representou-se por razões logísticas um acidente numa estrada de montanha, a velocidades baixas. De qualquer forma, o caso típico da colisão entre automóvel e moto é a incorporação de um automóvel num cruzamento ou de outra via secundária... a velocidades relativamente altas que nos causam acidentes muito graves. E, apesar de ser certo que frequentemente «não nos viram», devemos ser conscientes também de que está demonstrado que o pequeno tamanho frontal de uma moto que reduz a percepção visual da velocidade real das nossas motos por parte dos veículos contrários. Vêem-nos, mas «acreditam que ainda estamos longe»... Praticar, portanto, a condução defensiva. Se vemos como o automóvel se aproxima ao cruzamento e, inclusivé parece deter-se, prevê que possa mal interpretar a nossa posição e decida incorporar-se igualmente.


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Para o caso presente, o Motociclista não via de longe, não previu encontrar-se de repente com um automóvel na sua traçada e não previu uma manobra de evasão. Bem ao contrário. Ao dar-se conta de que não havia espaço material para travar e que, numa travagem normal não conseguirá evitar o choque, ficou paralizado pelo pânico, e «viu o automóvel» em vez da possível escapatória. Já sabemos que «a moto segue a mirada» do Motociclista. Inevitávelmente, pois, a sua manobra dirigiu-o para o obstáculo: o Motociclista bloqueou as rodas e, lamentavelmente, tomou a opção inadequada...

A SOLUÇÃO

Ao levar a mirada longe, felizmente dar-nos-emos conta com muita antecedência da presença de um possível obstáculo. Em vez de confiar nesse condutor, reduzimos previamente a velocidade pensando em que o do automóvel «sempre será capaz de saír». Para além do demais, como o vimos «cedo», estamos imediatamente em condições de decidir em décimos de segundo por onde vamos escapar-nos: à vezes é melhor sair-nos da via «por detrás» do automóvel e deixá-lo passar...

Aproveitaremos que a traçada na curva nos deixa margem –chegados a ela com a travagem efectuada, não entrámos demasiado cedo nem demasiado inclinados- como já vimos neste «post». Travámos ao máximo das possibilidades de aderência dos pneumáticos, utilizando os comandos de ambas rodas, para soltar travões no último momento para recuperar direccionalidade na moto.
Em última instância, é possível manter o controle sobre a trajectoria da moto mesmo com a roda posterior bloqueada -inclusivé, ganhando capacidade de giro - à base de um adequado golpe de rins –estilo supermotard: travagem dura na dianteira e descargas no trem traseiro controlando o bloqueio com o pedal - memos que esta operação requeira certa experiência: neste caso, a moto deve derrapar apenas na direcção contrária à sequência anterior ...

QUESTÃO DE PRÁTICA

Esquiva:
Dirigir-nos a um poligono e praticar progressivamente travagens de esquiva ou de emergência acompanhadas de giros. Marcar um ponto de referência no solo e praticar as manobras a velocidades cada vez mais significativas.

Giros:
Na realidade, uma moto não toma as curvas "girando" o guiador, senão pressionando sobre os punhos e os "repousa-pés". Em recta, pressionar ligeiramente com a mão plana sobre o punho direito... e veremos como a moto, em vez de girar à esquerda, "cai" para a direita. Independentemente, fixemos como a moto gira para cada lado graças à simples pressão dos pés sobre as "estribeiras" ... ou descarregando o nosso peso sobre o interior dos nossos musculos, "deslocando" o corpo como o fazem os Pilotos desportivos. Combinar ambas as manobras a velocidades médias – sobre 90Km/h - em lugar seguro para entender como podemos dirigir óptimamente a moto.

Obstáculo:
No ponto anteriormente referenciado, praticar travar ao limite do bloqueio do travão dianteiro, aporximando-nos a ele o mais possível, para soltar no último momento os travões, aplicar a pressão citada sobre o guiador e estribeiras, mudar de direcção em esquiva y, voltar à trajectória anterior...

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