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Experiente |
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Registado: terça jan 02, 2007 3:49 pm Mensagens: 906 Localização: Lisboa / Portugal
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Condução segura: [font=Arial Black]Quedas em travagem [/font] Boa parte dos acidentes produzem-se depois de perdermos o controle durante uma travagem, sobretudo na fase de entrada em curva. O PROBLEMA A estatísticas indicam que a entrada em curva é onde existe mais problemas. O certo é que cada curva ou o conjunto de curvas, são "um todo" e será muito complicado que a saída seja boa se a entrada não o foi. Por isso é importante analisar a curva no seu conjunto. A entrada é fundamental: se avaliámos mal a sua dificuldade e não reduzimos o suficiente a velocidade, antes, já começamos com "pontos a menos"; haverá um momento "de não retorno". Igualmente importante será entrar pela parte exterior: se entrarmos já por dentro, retiramos mais "pontos", porque não vemos tão bem a nossa trajectória, por um lado e, por outro, porque começamos a traçada desde dentro, e ... a partir de aí sómente podemos "abrir" … talvez para fora de mão, até ao rail ou berma nas curvas esquerdas (mau) ou até ao sentido contrário em curvas direitas (pior). Depois dessa fase inicial, "soltamos" travões e, já com a velocidade apropriada "colocamos" a moto na curva traçando até ao ponto mais interior. Aqui, com a moto inclinada, podemos encontrar-nos com o facto de que a inclinámos tanto que "roça" e isso pode impedir-nos de fazer a curva ou fazer perder a aderência dos pneumáticos: temos que "posicionar" o corpo para dentro para poder levantar a moto na mesma medida e afastá-la dos seus limites. Também pode que nos pareça que vamos demasiado rápido: se tocamos no travão já inclinados, a direcção "puxará" para fora obrigando-nos a abrir a curva. Igualmente se exageramos a pressão na maneta direita podemos sofrer um bloqueio na roda dianteira. Passado o ápice ou o ponto mais interior, já poderemos "enrolar punho" para saír da curva: se antes, ao reduzir, exagerámos e levamos uma velocidade curta, o motor pode responder bruscamente e poderia provocar-se uma derrapagem e queda "pelas orelhas". NÚMEROS- 41 % DOS ACIDENTES MORTAIS PRODUZEM-SE PELA SAÍDA DA VIA DE CIRCULAÇÃO
- 100 % DE AUMENTO DE FALECIMENTOS POR SAÍDA DE VIA COM A PRESENÇA DE RAILS
- 65 % DOS ACIDENTES OCORREM NAS ESTRADAS SECUNDÁRIAS E NOS FINS-DE- SEMANA
A SOLUÇÃO O que mal começa mal acaba, assim que, entrar na curva "pelo sitio certo": abre a trajectória, aproxima-nos ao lado exterior da nossa via e reduz a velocidade de aproximação enquanto reduzimos, deixando ante a dúvida, sempre uma mais alta que, uma mais curta para evitar "selvajaria" quando "enrolamos punho" e para deixar a moto algo mais «solta». Aguentar pelo exterior e aproveitar a maior visibilidade da curva que nos dá essa posição para comprovar que será como esperamos, que não existe nenhum obstáculo, etc.Então, soltar travões e entrar: já fizemos parte da curva pelo exterior e directamente procuraremos um ápice "atrasado". Até esse momento chegaremos com a moto inclinada, mas com o corpo tombado para o interior evitando não inclinar demasiado a moto, não comprometendo a sua altura livre ao solo ou a aderência dos pneumáticos, tudo em função do ritmo ou velocidade a que circulamos, claro. E se nos apercebemos que vamos algo mais rápido, não tocar no travão dianteiro: 'acariciar' o pedal do traseiro, não sómente reduzirá a velocidade senão que também ajudará a "colocar" a moto para o interior, completando essa traçada e "assentando" a moto.Acoplar-nos com firmeza aos punhos para dirigi-la até onde a queremos e com a mirada posta na saída da curva, começando a "enrolar punho" progressivamente para recuperar velocidade e para que essa aceleração ajude no levantar da moto, abrindo a trajectória até ao exterior da curva, sempre dentro de via de circulação. ERROS MAIS FREQUENTES- Entrar demasiado rápido e calcular mal a velocidade adequada para a curva
- Entrar travando com o dianteiro e inclinado procurando muito cedo o ápice
- Não compassar a travagem com a retenção do motor
- Passo pela curva excessivamente apurado deixando poucas margens a retificações
- Falta de atenção. A 'travagem de pânico' acontece
QUESTÃO DE PRÁTICA "Soltar-entrar" É algo que podemos praticar com facilidade em muitas ocasiões, diariamente, mas o exemplo mais claro poderia ser a aproximação a uma rotunda. Cortar "gás", travar e reduzir tanto quanto se necessite ao mesmo tempo que travamos com o dianteiro; se para além disto damos um "golpezito" de "gás" em cada redução, tanto melhor. Todavia com o travão accionado, começamos a orientar a moto até à rotunda, supondo que não vem ninguém, claro, e num instante determinado soltamos o travão «metendo» a moto para a direita, para entrar na rotunda. Agora, num instante mais tarde, deveremos fazer força no punho para a direita (sem, «contra punho») para tombar a moto para a esquerda e circular então pela rotunda. Tudo isto ocorre rápido, mas se o fazemos "pensando" aprendermos como reacciona a moto travando, soltando o travão e fazendo o «contra punho»; fazê-lo conscientemente cada vez e ... de seguida notaremos como aumenta o nosso controle sobre a moto. Travão traseiro e controle. De novo uma rotunda ampla e sem tráfico é o melhor local para praticá-lo. Dar voltas e tentar mudar a trajectória à nossa vontade, à base de força no punho (para a esquerda abrir-se-á, para a direita meter-se-á para o interior), e provar como muda se as pressões exercidas nos «repousa-pés» alternadamente (e já com soltura, notar-se-á mais se soltamos a mão esquerda uns instantes). Também praticar tocar suavemente no travão traseiro verificando como se altera a atitude da moto. 
_________________ João Geraldes BMW R 1200 RT (2010)[email="joao_ferreirageraldes@hotmail.com"]joao_ferreirageraldes@hotmail.com[/email]http://www.facebook.com/JoaoR1200RT 
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