In Auto Hoje, de 5 Maio 2006... Transcrição "ipsis verbis" "Neste ultimo fim de semana o numero de vitimas voltou a merecer especial destaque pela negativa.Desta vez, segundo os registos da GNR, devido ao envolvimento anormal de motociclistas que representaram 10 das 15 vitimas mortais.Mais importante do que iniciar uma caça descerrada aos utilizadores de motociclos,ainda que a BT tenha já adiantado que irá acentuar a fiscalização a este tipo de veiculos, é aconselhávelreflectir sobre as razões mais profundas que geraram estes resultados, até porque a mesma BT recochece que em alguns casos a culpa não foi das vitimas. É evidente que a chegada do bom tempo fomenta e propicia o crescimento de motociclistas que regressam à estrada depois de uma temporada na garagem, mas o "fenomeno" não pode ser simplesmente equiparado à migração das andorinhas.Tambem é notório o aumento de automobilistas desesperados com o cescendo irreversivel de transito que proponga as viagens diarias, esgotando a paciencia e as reservas financeiras ao ritmo da subida de impostos e dos combustiveis. A moto acaba por revelar-se um meio " invejavel" perante as filas de transito, as dificuldades e preços de estacionamento nas cidades e, tambem, no custo diario das deslocaçoes, já que , nas duas rodas, consumos de 6 litros de gasolina por 100 quilómetros ,já são um exagero e não uma referencia de poupança. Como o responsável pela comunicação da GNR-BT afirmou recentemente, a formação de condução é pouco profunda.Eu diria que ainda é mais "irrealista" e superficial do que nos automóveis.Não sei se os exames de motociclos ainda se limitam a duas ou três viragens e a meia duzia de oitos no meio da estrada, mas duvido que compreendam as manobras mais perigosas, mas muito frequentes, como a circulação em piso molhado, a travagem em curva ou a passagem por entre obstaculos. E a moto é um veiculo que raramente dá uma segunda hipotese ao erro sem afectar os ocupantes.Tambem por isto, exige-se a nós, automobilistas , que em vez de traduzirmos a inveja de mobilidade em actos autistas, facilitemos a passagem. Tambem se exige ao Estado que tome medidas realmente eficazes e preventivas,como a de permitir a carta de categoria B,a de veiculos ligeiros, seja suficiente para conduzir motociclos de 125 cc, como acontece em vários outros paise europeus. Seria um passo para enraizar mais facilmente, a circulação de motociclos em todos os utilizadores da estrada e seria mais progressiva a adaptação ás elevadas cilindradas ao mesmo tempo que os novos encartados não se sentiriam tão facilmente tentados a capitalizar o seu investimento em tempo e dinheiro num veiculo de extremos, tanto nas alegrias como nas tristezas" Quem escreveu isto ? O director desta revista de automoveis( Sr. Sandro Meda ), a quem tiro o meu capacete(chapeu). Se em vez de nos carpirmos entre nós, nas nossas revistas de motos , nos foruns dos nossos clubes e comunidades, onde reina obviamente a mesma ideia,a mesma indignação de cada vez que somos maltatados, ignorados e/rebaixados, se nos virarmos para o exterior( sim, para todos os nossos (as) amigos(as), conhecidos/as), enviando mensagens destas ou parecidas a quem não tem, nem conhece o mundo das motos não acham que estaremos de certeza a atingir quem é preciso? A quem quizer parabenizar o Sr. Sandro Meda aqui fica o e-mail: [email="smeda@motorpress.pt"]smeda@motorpress.pt[/email]
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