 |
Veterano |
 |
Registado: quarta nov 15, 2006 2:46 pm Mensagens: 2096 Localização: Maia
|
António Neto Escreveu: É verdade, Paulão, já existe um tópico, onde foi abordado o GAM. http://www.bmwcklt.com/forums/showthread.php?t=182 Tens razão, so que como o titulo é manifestação...Mensagem de Elsyr em 02/06/2007 no tópico http://www.bmwcklt.com/forums/showthread.php?t=182&page=3 que tomo a liberdade de transcrever para aqui. MANIFESTOO QUE É O G.A.M.?O G.A.M.- Grupo Acção Motociclista é uma organização nacional de motociclistas, cujos objectivos estatutários são a defesa dos direitos e interesses dos motociclistas portugueses. O G.A.M. representa os motociclistas, não só enquanto condutores mas também enquanto consumidores e contribuintes para os cofres do Estado, privilegiando sempre a sã partilha da estrada através da correcta formação e responsabilização, ao invés do simples e rentável recurso a meras medidas repressivas.O G.A.M. defende a participação activa e responsável dos mais de 600 mil motociclistas portugueses, enquanto cidadãos de plenos direitos, no âmbito de uma sociedade de não discriminação, de tolerância entre todos os utilizadores da via pública e, acima de tudo, de respeito pelos utentes mais vulneráveis das estradas portuguesas. SOMOS "VÍTIMAS", NÃO "CULPADOS":Os motociclistas são, claramente, o "elo mais frágil" de todos os utentes da via pública. Somos as mais indefesas "vítimas" da sinistralidade rodoviária mas, sem razão ou argumento sustentado, somos vulgarmente tratados como os "culpados".Recentemente e após algum fervor mediático mal fundamentado no que concerne a "sinistralidade em duas rodas", entendeu o Secretário de Estado, Dr. Ascenso Simões, reunir com a G.N.R. e D.G.V., por forma a tomar medidas de combate à sinistralidade, apontando, especificamente, os motociclistas. Curiosamente, foi o próprio oficial da G.N.R. que analisou as mortes de motociclistas ocorridas nos dias imediatamente anteriores ao anúncio dessas reuniões que frisou, claramente, que 8 das 10 baixas NÃO se deveram a qualquer culpa dos respectivos condutores.É do conhecimento da G.N.R., D.G.V. e do próprio Governo, que em cerca de dois terços dos acidentes que envolvem veículos de duas rodas, a responsabilidade pelo sinistro cabe aos restantes veículos, sendo o motociclista, única e exclusivamente, a "vítima". Não se conhecem ainda, pelo menos oficialmente, quaisquer ordens, resultados ou conclusões da aludida reunião, mas é certo que uma mera "caça" aos motociclistas, para além de ineficaz do ponto de vista pedagógico em termos de segurança rodoviária, é uma deliberada afronta aos principais lesados pelos mesmíssimos factos que motivaram esse encontro do Secretário de Estado com a G.N.R. e D.G.V.Pelo exposto, o G.A.M. solicita que sejam tornadas públicas todas as deliberações da citada reunião, nomeadamente, quais as medidas aí adoptadas para, de facto, proteger os motociclistas portugueses.A manter-se esta ausência de anúncio de medidas concretas de protecção dos motociclistas, paralelamente à adopção de medidas meramente repressivas, o G.A.M. ver-se-á forçado a concluir que a única deliberação encontrada não passou de uma decisão de verdadeira "caça às vítimas". PORQUE NOS MANIFESTAMOS? O próprio Secretário de Estado, Dr. Ascenso Simões, representou Portugal na Conferência sobre Segurança Rodoviária, em Verona, Itália, que analisou as consequências da sinistralidade rodoviária que custam a cada país cerca de 2% do seu P.I.B.Declarou-se nessa conferência que "o preço pago em mortes, sofrimento e em percas económicas, decorrentes de acidentes rodoviários, é inaceitável, devendo ser dada à segurança rodoviária a máxima prioridade, através da adopção de políticas específicas e da realização de investimentos na sua melhoria ".A mera análise de alguns dos argumentos e conclusões aduzidos nessa conferência, como em tantas outras, seriam bastante para sustentar as justas reivindicações do G.A.M.: a) PELA EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO: Defendemos uma verdadeira política de educação rodoviária, na qual terá, obrigatoriamente, de participar também o Ministério de Educação. Dificilmente se obterão resultados com as novas gerações se estas não forem educadas para o fenómeno do trânsito, ainda antes de serem utentes da estrada. Só assim se poderá atingir a formação prática, envolvimento das famílias e treino para a segurança rodoviária essenciais para as próximas gerações. (vide Ponto 1.1 e 4.3 da Conf. Verona)b) POR UMA MELHOR FORMAÇÃO DOS CONDUTORES: Defendemos condutores bem formados e bem informados. Tal só poderá ocorrer com uma verdadeira cooperação inter-institucional e associação entre os sectores público e privado na educação para a segurança rodoviária, nomeadamente, ao nível das escolas de condução e associações de prevenção rodoviária, dotando os instruendos de verdadeiros conhecimentos teóricos e práticos de condução defensiva. Para tal, cumprirá actualizar todo o processo de aprendizagem de condução de motociclos, fiscalizando as respectivas escolas pela sua real aplicação (vide Ponto 1.5. da Conf. Verona)c) PELA MELHORIA DA CONCEPÇÃO, CONSERVAÇÃO E SINALIZAÇÃO DAS VIAS: Defendemos que o Estado só pode exigir "condutores exemplares" quando faculta "estradas exemplares" . Em Portugal, infelizmente, as estradas mal concebidas, mal mantidas, mal sinalizadas, com uso de tintas sinalizadoras não aderentes e até mantendo carris já desactivados, são responsáveis por um elevado número de sinistros de viação em duas rodas. Torna-se assim necessária " a criação de critérios e incentivos nacionais com vista à promoção de programas de intervenção local de manutenção de infra-estruturas rodoviárias, de modo a aumentar os níveis de segurança para os utentes de duas rodas ". (vide ponto 3.7 da Conf. Verona) d) PELO CUMPRIMENTO DA "LEI DOS RAILS": Portugal foi pioneiro mundial na obrigatoriedade legal de protecção dos prumos dos 'rails'][I]e) PELA MOBILIDADE NOS CENTROS URBANOS: A moto é, sem dúvida, o único veículo capaz de assegurar uma mobilidade sustentável dentro dos centros urbanos, poupando milhares de horas de trabalho aos cidadãos e milhões de euros ao erário público. A maioria das grandes cidades europeias depende dos veículos de duas rodas a motor para assegurar a sua capacidade de deslocação e estacionamento. Para além da própria "cultura motociclista" e dos apoios estatais e camarários, a quase esmagadora maioria dos Governos europeus defende e fomenta ainda o uso destes veículos pelos seus habitantes, nomeadamente, através da adopção da Directiva Comunitária 91/439/CE que permite aos condutores de ligeiros (carta B) a condução de motociclos de potência e cilindrada reduzidas. A subida do número de veículos de duas rodas aumentou, exponencialmente, a mobilidade nos seus centros urbanos e não motivou, nesses países, qualquer aumento da sinistralidade, bem antes pelo contrário, pois " aumentam a percepção dos condutores de veículos automóveis relativamente aos condutores de veículos de duas rodas" (vide ponto 3.5 da Conf. Verona). Infelizmente, Portugal continua quase " orgulhosamente só" na não adopção desta directiva e na consequente congestão do trânsito. O G.A.M. recorda que a mera adopção desta directiva (sem qualquer despesa para o erário público) se traduzirá num benefício económico de valor incalculável, quando comparado com os investimentos públicos "convencionais" para mobilidade (alargamento de vias, pontes, túneis, etc...). De igual forma, o G.A.M. continua a aguardar que as respectivas "FAIXAS BUS" das edilidades portuguesas sejam abertas aos veículos de duas rodas, como forma de separação de tráfego e consequente melhor segurança rodoviária para TODOS os utentes. Continua...
|
|