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Registado: terça jan 02, 2007 3:49 pm Mensagens: 906 Localização: Lisboa / Portugal
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Para quem não sabe ... um pouco de 'Cultura Geral' ... não faz mal a ninguém A história da denominação dos produtos BMW Alguma vez nos perguntámos como chegaram aos nomes das motocicletas BMW? A história da nomenclatura dos motores para aviação, motocicletas e automóveis está marcada, por um lado, por critérios muito duradouros e, por outro, por surpreendentes mudanças. [font=Arial]Quando a Companhia começou a construir motores para a aviação, o que proporcionou à BMW a inspiração que esteve detrás dos nomes dos primeiros ... foi uma antigua história.[/font] A Força Aérea Imperial Alemã classificou os motores para os seus aviões de acordo com o seu nível de potência usando um sistema baseado em números romanos e logo a maioria dos Fabricantes de motores adoptaram esta codificação militar para a denominação dos seus produtos. A Companhia usou este sistema de denominação para os seus motores de aviação até 1932, tanto para os refrigerados a água como para os refrigerados a ar: desde o “BMW IIIa” até ao “BMW XV”. De qualquer forma, esta nomenclatura inspirada militarmente não se enquadrava com os propulsores desenvolvidos pelos engenheiros da BMW, tanto para automóveis como para motocicletas. Assim, estes motores passaram a designar-se de “Bayern-Motor” como designação comercial, seguida geralmente pelo valor da sua potência. Na Companhia estabeleceu-se um novo sistema de denominação para estes elementos baseados nos parâmetros técnicos, como o número de cilindros, a sua série de modelos e o número do projecto. Esta nova denominação produziu nomes como “M4A1” e “M2B15” que, à primeira vista, pareciam códigos secretos. De qualquer forma, quando se separaram as letras, para os conhecedores estava imediatamente claro a que produto se referiam. O “M” significava “Motor”, o seguinte valor era o número de cilindros, a letra correspondia à série de modelos e o número final referia o projecto em questão. Por exemplo, o “M4A1” era um motor da série “A” (em linha de alta cilindrada) de quatro cilindros com o número de projecto 1. A BMW simplificou o sistema a meados dos anos 20. As referências ao número de cilindros e da série de modelos eliminaram-se. Agora, a única letra antes do número do projecto era para saber se se tratava de um motor (‘M’ = Motor), uma transmissão (‘G’ = Getriebe), a estrutura de uma motocicleta (‘R’ = Rahmen) ou do chassi de um automóvel (‘F’ = Fahrgestell). E assim foi como se denominou a primeira motocicleta da BMW. A estrutura para esta nova motocicleta teve o número de projecto “R 32” quando entrou na lista de projectos. O motor foi batizado como “M2B33”, mais tarde, encortado para “M33”. A transmissão que se utilizou levou a denominação “G 34”. O número de projecto interno para a construção da estrutura originou o nome comercial oficial da motocicleta: “BMW R 32”. Inicialmente, todas as motocicletas da Marca, lançaram-se com o seu nome de acordo com este sistema, fruto da organização do seu desenho. Para o público, a “R” significa “Rad”, uma abreviatura de “Motorrad” (motocicleta). Curiosamente, muitos motociclistas confundem “Rad” com o outro sentido da palavra (roda). A meados dos anos 20 mudaram este sistema para designar os seus modelos. Até à data, cada motocicleta tinha a sua propria estrutura. Agora, os desenhadores começaram a utilizar a mesma estrutura para diferentes modelos, mesmo que estes podiam distinguir-se pela variante do motor incorporado. Este desenvolvimento significou que a designação comercial dos modelos já não podia basear-se nos números de projecto da estrutura. O “R” manteve-se, mas agora, era seguido por um número de dois dígitos que difería da denominação do desenho. Tinham que dar às motocicletas novas designações comerciais. Introduziram, aceleradamente, um sistema que dava às motocicletas monocilíndricas uma designação comercial de um dígito e às de dois cilindros uma denominação de dois dígitos. Com a aquisição da Fábrica de veículos Eisenach, em 1928, tomaram a decisão de separar os sistemas de numeração para os desenvolvimentos dos motores de aviação, motocicletas e automóveis. A Autoridade Nacional Socialista encarregou-se da intensificação do re armamento na Alemanha, desde 1933. Para simplificar esta expansão da Luftwaffe, o Ministério do Ar do Reich proporcionou sistemas de numeração fixos aos diferentes Fabricantes de motores. À BMW atribuiram o 'leque' entre 100 e 199. A BMW aproveitou as novas instruções para introduzir um novo sistema de designação interno. Como os números de 100 a 199 estavam atribuidos aos motores de aviação, as motocicletas 'tocou-lhes' os desde 200 até 299 e aos automóveis, entre 300 e 399. Os modelos de motocicletas já existentes, integraram-se neste novo sistema de acordo com a sua denominação convencional. Por exemplo, nos documentos de desenvolvimento a “R 32” converteu-se em “232”. Mantiveram-se as denominações comerciais usadas tradicionalmente para as motocicletas, apesar das modificações ao sistema existente. A partir de, meados dos anos 30, a nomenclatura dos modelos refletia, por norma, a cilindrada do motor. Por exemplo, o motor boxer de 500 c.c., denominou-se BMW “R 5” e o seu sucessor BMW “R 51”. BMW voltou à sua actividade depois do final da Segunda Guerra Mundial com outros desenvolvimentos dos seus modelos de antes da guerra. A primeira motocicleta do pós-guerra era uma versão modificada da monocilíndrica anterior à guerra, a BMW R 23. Para além de dar um novo impulso à engenheria dos anos 30, a BMW voltou ao antigo sistema de designação, e o primeiro modelo do pós-guerra – apresentado em 1948 – levava o nome de BMW “R 24”. Quando se tratava de motocicletas com motores boxer, durante as seguintes décadas, a BMW reteve a designação “R” (seguida de um número que fazia referência à cilindrada do motor). As variantes do modelo básico, identificavam-se pelas abreviaturas adicionadas: por exemplo, “G/S” significava Gelände/Straße (todo terreno / estrada); ‘GS’, Geländesport (todo terreno desportiva); e ‘RT’, Reisetourer (turismo). A decisão da BMW de produzir motocicletas com motores de cilindros em linha fez com que as motocicletas desta série de modelos recebessem uma designação totalmente separada. A designação de desenvolvimento “K” tomou-se como distintivo da série. Como nos modelos boxer, a “K” estava seguida por um número derivado da cilindrada do motor em linha. A BMW seguiu o mesmo esquema com a motocicleta monocilíndrica que se lançou ao mercado, em 1993. Esta série de modelos recebeu a designação “F”, que fazia referência ao conceito “Funduro”. Já recentemente, a nova geração de monocilíndricas ligeiras, apresentada em 2006 tomou a letra “G”. A BMW explorou uma direcção totalmente nova na sua tentativa de lançar um novo tipo de conceito de movilidade. A sua “motocicleta fechada” foi batizada como BMW “C1”; o “C” significava “City”, de cidade, a principal área de utilização para esta máquina de duas rodas. A nova motocicleta todo terreno desvendada em 2005 foi a primeira excepção da BMW com o sistema de denominação usado para as motocicletas, com um motor boxer desde 1923. Se chamou HP (por “High Performance”, altas prestações) 2 (cilindros) Enduro. Esta gama então ampliou-se com a “Megamoto” e a HP2 Sport. E o que aconteceu aos numerosos códigos de modelo com os que nos familiarizámos ao longo dos anos, como R, RS, S, CS, C, CL, GS, RT, RS, GT e LT? A primeira motocicleta que se denominou com um “R” foi a R 100 R, de 1991. Significava “Roadster”, claro. O “S” significava “Sport” (desportiva). A primeira aparição foi com a R 50 S e R 69 S e, logo de novo, com a R 90 S. Recentemente, a R 1100 S, R 1200 S e K 1200 S, foram as orgulhosas portadoras da denominação “S”. Existiram uma série de modelos de automóveis BMW nos anos 70 designados de “Coupé Sport”, ou “CS”. Nas motocicletas, esta denominação foi usada em 1980 pela primeira vez para a actualização da R 100 S, mas desta vez o seu significado era “Classic Sport”. Também apareceu com o lançamento da F 650 CS com motor rotax, mas neste caso, significava “City Scarver”. A denominação RS apareceu pela primeira vez na 17ª prova de uma competição para motocicletas de série. Na R 51 RS de 1939, significava “Rennsport” (Race Sport, desportiva de competição) e a denominação “SS” significava Supersport. Desde 1976 a descrição “RS” converteu-se em “Reisesport” (travel sport, estradista desportiva) e desde então foi “RT”, “Reise-Tourer”, (travel tourer, estradista); “LT” (Luxus-Tourer, estradista de luxo); “C” (Cruiser); “CL” (Cruiser und Luxus, Cruiser de luxo); e “GT” (Grand Tourisme, grande turismo). [font=Arial]A denominação “GS” que tanto se conhece, realmente fez a sua estreia em 1980 como “G/S”, que significava “Gelände/Straße” (todo terreno / estrada). Também houve uma denominação “ST”, que foi usada pela primeira vez em 1982 para a versão de estrada da GS. Significa “Straße/strada” (rua) e é a denominação do último modelo R 1200 ST.
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_________________ João Geraldes BMW R 1200 RT (2010)[email="joao_ferreirageraldes@hotmail.com"]joao_ferreirageraldes@hotmail.com[/email]http://www.facebook.com/JoaoR1200RT 
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