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Os rios, a floresta e a Alsácia. E o binho. http://bmwcklt.org/forum/viewtopic.php?f=11&t=10374 |
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Autor: | Paco [ domingo jul 21, 2013 8:22 pm ] |
Assunto da Mensagem: | Os rios, a floresta e a Alsácia. E o binho. |
Uma curta e inesperada semana de férias no horizonte e o destino foi recuperado de planos antigos e nunca concretizados: o Reno, a Floresta Negra e a Alsácia. Hotéis marcados porque a época estival não aconselha a riscos e ala que se faz tarde. Travessia Paris - Luxemburgo sem interesse por AE para despachar, apenas com o entretenimento de ver as inúmeras referências às diversas batalhas que foram travadas na região das Ardenas durante a Grande Guerra do século passado. E eis que o percurso começa a ser interessante a partir de Trier, já em terras de Bismark. O itinerário escolhido levou-nos ao longo do rio Mosel, com farta paisagem vinícola. E os primeiros castelos a darem sinais de vida. E o rio pacato, pejado de barcos de cruzeiro (vi quase tantos como as desgraçadas das auto-carvanas). Primeira noite numa pequena terra simpática e sem história, mas a trazer uma agradável lembrança do nosso saudoso Douro. E para tirar o pó da Estrada, nada como um copito do afamado Riesling. Soube bem, mas eu tenho a mania que o binho tem que ser tinto. A alvorada tem destas imagens fantásticas. Já com gente a trabalhar afincadamente. E também com o regozijo de saber que a rapariga tinha dormido sossegada, pronta para mais uma jornada. |
Autor: | Paco [ domingo jul 21, 2013 8:52 pm ] |
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Por estas bandas arranjaram umas maquinetas que sobem ao longo de um carril com rodas dentadas para irem buscar as uvas. Pareceu-me bem pensado, porque alombar com as canastas custa que se farta. A partir daqui e até Koblenz, foi uma calmaria através de uma sucessão de pequenas vilas, com castelos para todos os gostos e feitos - do tempo em que a mão-de-obra era barata. Em Koblenz o Mosel junta-se ao Reno. Com uma impressionante fortaleza, que noutros tempos foi importante ponto de fiscalização e defesa. A descida do Reno até Rudesheim am Rhein foi mais uma viagem ao longo de vinhas e com mais castelos; muitos castelos. A metereologia convidava ao descanso, com regalo para todas as idades. E estava chegada a hora da palha. Do nosso lado, nem uma palavra de alemão. Nos restaurantes, só mesmo alemão. Uns palpites para aqui, outros para acolá, e a sorte estava lançada. A Margarida safou-se com um belo bife. Eu, contentei-me com 2 panados de porco. Cada um tem o que merece, e "prontos". Chegada ao destino, com hotel pitoresco para a segunda noite. Vilória pacata, com as tradicionais armadilhas de souvenirs para turistas. E a noite a começar com escolhas diferentes. E uma relíquia em perfeito estado. |
Autor: | Paco [ domingo jul 21, 2013 9:12 pm ] |
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Terceiro dia apenas para ligação a Baden-Baden, um dos pontos de paragem na viagem. Como a experiência com a palha da véspera não foi a melhor, o risco foi minorado com o almoço num restaurante grego. Espetada e moussaka, mostraram-se escolhas acertadas. Chegada a Baden-Baden e era imperioso tirar o pó da estrada. Logo à porta do hotel, para não cansar as pernas. Baden-Baden foi lugar de férias da antiga realeza europeia, designadamente da Russia (antes dos bolcheviques lhes darem cabo dos planos há quase 100 anos atrás). E guarda desses tempos edifícos fantásticos (o casino é um desses exemplos). Fica a curiosidade da cidade ser hoje um destino de férias para os cidadõs da Russia do século XXI. Hora da palha, de novo. Foi uma refeição frugal, mas correu bem. E teve como sobremesa a famosa Apfelstrudel. Manhã passada no maior recato e pasmaceira, apreciando a classe que a cidade ainda mostra. Almoçámos ao lado destas criaturas - feias como o diabo. |
Autor: | pbar [ domingo jul 21, 2013 9:22 pm ] |
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Já me fazia à estrada ![]() |
Autor: | Paco [ domingo jul 21, 2013 9:25 pm ] |
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Há palavras em alemão que não custaram a aprender. Quanto ao resto, continuámos a tentar a sorte. E nada como outra "sobremesa" típica. E chegou um dos dia smais aguardados: a estrada B500 ao longo da Floresta Negra. Uma daquelas que foi feita para as motos. Só posso dizer que valeu a pena e que lá voltava se pudesse. Escolha partilhada por todos os géneros de motos. O Verão, tal como em Portugal, é farto em festas em todas as terras. Paragem técnica numa estalagem de estrada para dar palha ao burro. Pratos pouco tradicionais e de certa forma ligeiros. Mas estavam bastante catitas. Nesse dia reentrámos em França, para a 2a parte da viagem destinada à região dos Vosges, na Alsácia. Fica para amanhã. |
Autor: | RICARDO MATIAS [ domingo jul 21, 2013 9:58 pm ] |
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Muito bom paisagens brutais,belas fotos. Era já hoje, que amanhã é tarde:):) Venham mais umas fotos, dessa bela viagem. ![]() |
Autor: | Paula Kota [ segunda jul 22, 2013 2:08 pm ] |
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Olha o PACOooo ![]() Já tinhamos saudades da tua "palha" ![]() E vossas !!!! ... quando aparecem por cá ??? |
Autor: | Paco [ segunda jul 22, 2013 3:21 pm ] |
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Tinhamos combinado ficar 2 dias na região de Colmar, o que permitia visitar alumas localidades e, sobretudo, fazer o tour pelos Balon des Vosges - mais umas estradas que foram feitas a pensar nas motos. Chegámos ao hotel ao final da tarde. Estabelecimento simpático com algumas curiosidades decorativas e com vista para o "outro". A Alsácia é daquelas zonas que andaram de mão em mão ao longo dos anos. Desde a II Guerra Mundial está em França, apesar do nome das localidades ser bastante germânico. Seja qual fôr a história voltámos a entender a lista dos restaurantes, o que foi um alivío. E começaram a aparecer os riscos nos pratos, apesar das iguarias estarem bastante saborosas. O dia seguinte foi inteiramente reservado para o tour des Balons des Vosges, com as paisagens e as estradas a fazerem o pleno. Sucedem-se os monumentos e as referências às guerras e batalhas ali travadas. E a propósito de referências, também as há para as 2 rodas. Não pelos melhores motivos, mas enfim, quer dizer que as estradas são apetitosas. A meio do percurso, mais uma paragem técnica. Refeição frugal, mas que se revelou de agrado geral. Enquanto isso, outros não deviam ter nada para comer, coitaditos. Ao jantar, provámos uma especialidade da zona: tartes flambées. Eu continuo a dizer que é uma pizza depois de alguém se sentar em cima delas. Mas seja qual fôr o processo de fabrico, estavam bastante boas. Um dos ingredientes utilizados é o queijo Munster, oriundo da localidade com o mesmo nome. Vale a pena provar, realmente. O melhor estava reservado para o final. O gelado com morangos satisfez. Mas o primeiro prémio da viagem foi para este mil folhas de chocolate. Um estrondo, carago! |
Autor: | Paco [ segunda jul 22, 2013 3:36 pm ] |
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O final da visita à Alsácia ficou reservada para turismo mais tradicional, com a visita a algumas aldeias típicas. São lugares aprazíveis e engraçados, apesar de, claro está, vestidos a rigôr para os turistas. Ainda por lá fiz um amigo. Não me deu lá muita atenção, verdade se diga. E por lá descobri também o meu ideal de casa: garagem para guardar a moto, com acesso directo para os pipos. Falando de bebidas, a meio da manhã deu-me a sede. Como eu já sóbrio conduzo mal, resisti à cerveja fresca e optei por um refresco de teenager. E resolvi provar uma especialidade local. Aqueles que já tinham dentes antes de 1974 recordar-se-ão do gosto da Spur Cola e da Canadá Dry. Parecia que tinha reressado ao sabôr da infância: doce como um raio e o sabôr intenso a pastilha elástica. |
Autor: | Leonel Silva [ segunda jul 22, 2013 3:41 pm ] |
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A disfrutar a cultura gastronómica, tão válida como outra qualquer, parece-me que por essa altura já devias estar com muitas saudades da terra.´ Mas como os olhos também comem, esses ficam agradados. Mas francamente Paco, por aquilo que mostras que te entusiasma, essas comidas são condescendências de um veraneante. - Quando é que chego a Trás os Montes?... Entretanto, a paisagem e a arquitetura são uma delícia. |
Autor: | Paco [ segunda jul 22, 2013 3:42 pm ] |
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Antes de partir para Colmar, ainda vi a luz. Numa ruela estreita, esbarrei com estas maravilhas. Fiquei comovido e com pena de não ter espaço de bagagem - ainda pensei deitar a roupa da Margarida fora, mas achei que era capaz de arrepender-me e resisti à gula e ao açambarcamento. Prático para quem queira fazer binho na varanda de casa. |
Autor: | Paco [ segunda jul 22, 2013 3:45 pm ] |
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Paula Kota Escreveu: Olha o PACOooo ![]() Já tinhamos saudades da tua "palha" ![]() E vossas !!!! ... quando aparecem por cá ??? Eu um dia volto à terra, isso eu posso dizer. Só não sei é quando. |
Autor: | Paco [ segunda jul 22, 2013 3:47 pm ] |
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Leonel Silva Escreveu: A disfrutar a cultura gastronómica, tão válida como outra qualquer, parece-me que por essa altura já devias estar com muitas saudades da terra.´ Mas como os olhos também comem, esses ficam agradados. Mas francamente Paco, por aquilo que mostras que te entusiasma, essas comidas são condescendências de um veraneante. - Quando é que chego a Trás os Montes?... Entretanto, a paisagem e a arquitetura são uma delícia. Tens toda a razão, Leonel. As gastro-saudades são muitas, mas enquanto não regresso vamo-nos entretendo com o que esta rapaziada vai tendo para oferecer. |
Autor: | Paco [ segunda jul 22, 2013 4:01 pm ] |
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Colmar é mais outro postal turístico. Mas é bonito, carago. Ainda fiquei à espera para ver se alguém levantava a cabeça. Passei pelo mercado. Não sei se foi do colorido, mas deu-me a fome. E como não se deve contrariar o corpinho, fui fazer-lhe a vontade. Estava calor e como já chegava de Spur Cola... Caiu-me na fraqueza e resolvemo-nos por um prato ecológico. Cheio de queijo, obviamente. O calôr que se fazia sentir é sempre uma boa desculpa. Já tinha reparado no restaurante que os habitantes da zona gostam de cegonhas. Eis senão quando, dou de caras com esta maravilha. Deve ser isto o fenómeno a que chamam de globalização. Mais umas relíquias. |
Autor: | Paco [ segunda jul 22, 2013 4:16 pm ] |
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E regressámos a Rouffach com a sua famosa tour des sourciéres, onde há uns anos penavam as jeitosas que eram acusadas de bruxaria. Restaurante escolhido a condizer com o ambiente. Para uma última aventura na gastroomia local. Isto já não consigo dizer o que era, mas estava bom. A mim calhou-me uma mistela muito agradável, tipo do it yourself. Um balde de queijo creme (parecido com yougurt sem açucar) com os ingredientes para misturar à vontade do freguês: alho, salsa, cebola, sal e pimenta. Depois, batatas coradas com toucinho lá para dentro, e catrapimba: já está. De regresso ao hotel ainda pudémos assistir ao ensaio geral de uma peça de teatro que estreava no dia seguinte, por ocasião das festas das bruxas. A coreografia incluía um jogo do pau. Infelizmente, as catraias não tinham muita experiência; uma delas calculou mal a distância e apanhou com o cajado na testa. O pior é que as outras não se aperceberam e continuavam a cantarolar e a bater palmas. Mas nada de grave; passado um bocado andava a passear com um saco de gelo em cima do olho. E "prontos"! No dia seguinte foi uma estucha de AE até Paris. Viémos com pena de não haver mais tempo para férias, pois certamente haveria mais para ver e viajar. Mas satisfeitos com aquilo que vimos e com muita vontade de voltar. Um dia, quem sabe. Á chegada, matámos as saudades com um prato home-made bem lusitano: bacalhau à braz, acompanhado de binho do Douro. Pena que não tinhamos batata-palha, mas mesmo assim satisfez o palato. |
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