O que fazer depois de um aniversário do CKLT, passado com malta bestial, alguns bem ávidos para fazerem quilómetros, nada mais do que isso mesmo, fazer quilómetros.
Com alguma, mas insuficiente, preparação da viagem (é costume, não é gustinho ?) e sem outra possibilidade temporal de tirar férias, pus-me a rolar a seguir ao almoço do aniversário no domingo. Nesse dia apenas cheguei a Burgos.
No dia a seguir por volta das 07.00h iniciei nova etapa, não antes de confirmar o que temia, as previsões metereológicas não eram nada favoráveis ao longo da rota traçada, chuva e mais chuva. Assim foi, até Paris 700 Kms foram feitos à chuva.
Desvio obrigatório à cidade de Paris, onde percorri cerca de 90 Kms, só no centro. Bem, como ainda era cedo (~21.00h) que tal mais um pouco até Bruxelas, siga. Em Bruxelas a incerteza que a mota ficava segura na rua, com o exemplo que o recepcionista do hotel relatou, dias antes tinham roubado ali mesmo uma mota, não, aqui também não serve.
Próxima paragem Liege (ou Luik), humm, não me cheira, talvez na Holanda, assim foi, cheguei a Maastricht por volta das 02.30h locais. A sensação de segurança era total, confirmada pela única presença mas ruas àquela hora de 5 raparigas a andarem descontraidamente de bicicleta. Bem, fico por aqui. Tentei procurar um hotel modesto, mas não encontrei, confesso que já não via muita coisa. Entrei num compostinho, mas os 160 euros por metade da noite alterou-me os planos. Se é seguro para a mota, também é seguro para mim. Que tal um banquinho de 4 tabuas para passar pelas brasas. Confesso que 1530 Kms depois, não foi muito difícil adormecer sentado com o calor do motor a aquecer o ambiente, maravilha.
Duas horas depois, oopa, estava fresco que nem uma alface para fazer mais 1600 Kms até Andorra. Não antes de tomar um belo pequeno-almoço no Luxemburgo e Almoçar em Estrasburgo, com um saltinho à Alemanha pelo meio.
De facto não era este o trajecto idealizado, mas a chuva quase constante à medida que me aproximava da Suiça, mudaram-me as ideias.
Andorra é sempre a paragem quase obrigatória para uns
regalos motociclísticos. Desta vez foram umas botas e umas calças.
Quando cheguei a Andorra, uma interrogação pairava na minha cabeça, terá sido do banco de pau ou será da fantástica mota que tenho a honra de possuir, para justificar os 3100 Kms realizados, separados por duas horas de descanso?
Quando cheguei a casa o odómetro acusava 4800 Kms cinco dias depois.
Notas:
- ando de mota à 18 anos e foi a primeira vez que conduzi 7 horas seguidas, ininterruptas. Claro devido à chuva que me obrigou a ir realmente devagar, aumentando a autonomia da GSA. Sim é verdade só paro para reabastecer. Já perceberam a razão pela qual fui sózinho.
- De Burgos a Andorra passaram 42 horas, das quais 36 a conduzir.
Para quê uma turística?:bigsmile:

, se podemos ter o melhor de dois mundos.
Um abraço