Um bocadinho de orientação para situarmos minimamente os cenários...

À esquerda a Guarda e a mancha verde da serra da Estrela. Em cima, à direita no mapa, a bela cidade de Salamanca. A pequena mancha verde mais ou menos ao meio do mapa é a pequena mas formosa Sierra de la Peña de Francia, com a povoação de La Alberca, objectivo central do passeio. À direita em baixo no mapa, a Sierra de Gredos, que começa a aproximar-se da esfera da grande metrópole madrilena.

Esta é a barragem da Bemposta, completamente cheia e de comportas abertas. O caminho para lá passou por Izeda (onde havia uma feira de Folar e artesanato este fim de semana!) e Mogadouro.
As vaquinhas alimentam-se tranquilas. Esta foto é para a Paula Kota, João Casaca e restante pandilha. Devem estar cheio de saudades de ver uma vaquinha.


Já do lado espanhol, sempre por estradas secundárias o mais a direito possível apontando ao destino.


A paisagem de campos férteis e muito "gado pesado", foi-se sucedendo, até o sol cair sobre o horizonte. O tempo estava instável, frio. No céu, nuvens com formas caprichosas. A luz estava divinal.


À entrada da zona da "Sierra" (manchinha verde no mapa).





O fim do dia foi passado a contemplar as cores do desaparecimento do sol, junto a uma pequena lagoa, acessível por um caminho enlameado de terra avermelhada, não longe da estrada principal. A lua gorda compunha a paisagem.


Em plena Sierra de la Peña de Francia, já a luz era pouca e a temperatura descia rapidamente. Chegada a La Alberca.

La Alberca é uma típica e antiga povoação de ruas estreitas e casas de pedra. Os primeiros andares mostram do exterior as traves de madeira e uma espécie de armagassa de terra. Ainda há comércios abertos, mas por pouco tempo. Coisas típicas... os "embutidos" (enchidos) da região dominam. As lojinhas são daquelas "para turistas".
Dou uma volta pela aldeia, muito pequena e bonita. Alguns restaurantes, especialmente na praça central (na foto abaixo), vários hotéis, alguns de iluminação cuidada. Depois da voltinha, decido apostar num hostal económico. Gostei logo do proprietário, compinta de gajo honesto e não me enganei. 21 euros por um quarto bem cómodo. Jantei uns secretos de porco e dei uma volta pela aldeia escura e fria. A aldeia tem um excelente centro de interpretação e um núcleo de arqueologia.




Amanhã vou visitar a Peña de Francia, um rochedo imponente que domina a região e de onde se têm vistas fabulosas.
(continua)