Agora que o Gonçalo já anunciou a sua nova aventura, aqui fica um pequeno relato da última. É o meu ponto de vista, espero que venha a por o dele.
Boa viagem ... Não faças nada que não fizesse...
Kuanza Sul Lá chegou o dia do primeiro grande passeio por terras de Angola. Um passeio de sonho. 1ª Etapa, Luanda-Malange. 400 Km, 160 dos quais em picada, passando por Pungo Angongo para ver as pedras negras. No segundo dia virar em direcção a sul em direcção ao Kuito. 457 km completamente desconhecidos. A ideia, passar pelos parques naturais onde existe (dizem) a Palanca Negra. Um milagre ver uma, mas isto é Angola... No terceiro dia, virar para Norte em direcção a Calulo. 454 Km também completamente desconhecidos, muita picada. No último dia apenas uma viagem de ligação de Calulo a Luanda, uma tirada em alcatrão com 250 Km. Era o descanso do Guerreiro e suas Burras.
Bom... Isto eram os planos... E isto o que aconteceu...
primeiro dia. Saída, 13 horas. Já não íamos passar por Pungo Andongo. Passavam a ser 400 Km em alcatrão. E parte da viagem de noite. Mas ...

Resumindo. Primeiros 50 KM, 1º furo. Tentar arranjar, mudar de câmara de ar, também esta furou, duas viagens para traz do meu colega, (sim, porque não ia sozinho) e uma câmara de ar chinesa, (de Starlet). Pneu montado já de noite, e siga viagem. Confesso que já ia desanimado. Os planos foram alterados, íamos fazer o percurso ao contrario. Acabava por já não ser um dia mau de todo. É claro que só chegamos a Calulo ás 10 da noite, mas chegamos. No dia seguinte o plano era fazer Calulo Mussende em picada, e depois Mussende Kuito... E isto foi o que aconteceu...

...mais isto...

Vêm aquele caminho? Foi por onde fomos. Mas não era o percurso que queríamos. Esse não dava para fazer, não havia ponte, tinha caído. Tivemos que ir pela alternativa, para sul. Mas o objectivo ainda era Mussende.
Quando o soba da aldeia nos indicou o caminho, ficamos de boca aberta. Onde nos íamos meter? Mas como era isto que procurávamos, cá vai disto. Foram só 3 horas por um caminho que tinha desaparecido, cursos de água, cursos de lama, alguns tombos, e muito cansaço. Mesmo muito. Quando acabou o caminho, chegamos a uma aldeia onde fomos muito bem recebidos.

Seguimos viagem e um tombo mais mal dado, danos mais ou menos graves do meu companheiro de viagem e mais uma mudança de planos...O objetivo era agora chegar à Gabela, um local para passar a noite, e depois seguir para Luanda. O passeio ia ser encurtado.
Só que no dia seguinte, e depois de verifivcarmos que a mota até aguentava, toca a fazer o caminha mais comprido para Luanda. E aqui fica uma pequena amostra do que foi esse dia..







Foi apenas de longe o melhor dia em cima da minha Burra. E o dela também. de certeza. Quando cheguei ao alcatrão do Sumbe, tive uma enorme vontade de voltar para traz e fazer tudo de novo. Para nunca mais esquecer.