A casa é a que fica mais perto daquela torre que se via de lá de baixo. Subimos ao penedo que serve de base à torre e olhámos a Serra da Estrela que crescia ao longe em tons de cinzento até onde a vista alcançava.
O relógio da torre tocou as 6h, DONG, DONG,...mau...repetiu, pior!
A paisagem a levar-nos na distância, a fazer-nos voar e cairmos no chão com seis DONGADAS impiedosas e ainda mais seis...
Só mesmo para quem gosta…
Uma casa ao lado da torre do relógio ainda por cima gago.
Isto é obra do Chifrudo com a ajuda do Sr. Peixoto que calou a desgraça.
Está feito!
- Onde é que nos vamos entreter até à meia-noite e cinco pelo menos e a precisarmos de dormir quando cairmos na cama.
Uma coluna de fumo crescia rapidamente enchendo o céu, enchia também os pensamentos das pessoas com questões que ninguém entende e o coração com angústias, com emoções de horror, raiva, desalento e frustração.
[img][IMG]http://i791.photobucket.com/albums/yy200/akalegasea/Apanhei%20o%20Avo%20do%20Chifrudo/071-1.jpg[/img][/IMG]
O senhor das pedras também estava por ali.
Disse-nos que o fogo era nas Samarras e que para a direita já era tudo Espanha.
Apontou para umas pessoas, que pequeninas, se viam ao longe por baixo dos penedos caminhando pelas veredas para visitar o castelo. Aconselhou-nos a fazê-lo pela encosta contrária, a Sul, e na manhã seguinte pela fresquinha.
-Ah…, lembrou-se de repente, a terra do vinho é o Samouco.
Eu a viver a 3Km, nunca imaginei que o Samouco tivesse algum vinho digno de nota.
Quanto a água já é diferente…
O que eu andei a perder.
Mal arrumámos as coisas fugimos dali. Queria ouvir as catorze o mais ao longe possível.
Tínhamos o "filho da escola" para visitar e umas quantas ruas para calcorrear, despertos para outras armadilhas que pudessem aparecer.
Incêndio…, para mim era um fumeiro com presuntos e chouriços...
Recusámos o convite, fica para a próxima...
Cada qual gosta das plantas que gosta. Estas vestem-me muito bem.
A minha Paulinha preferiu estas.
Fomos visitar o “filho da escola” ao seu restaurante, o “Petiscos e Granitos”.
Já nos tínhamos encontrado no mesmo navio, por pouco tempo, durante as rendições. Eu a chegar e ele a sair.
Acalmámos a sede com uma imperial enquanto acertávamos as agulhas.
A sala de entrada era pequena, decorada com versos e prosa escritos pelas paredes, a guardar impressões do ambiente serrano, da terra e do restaurante.
A mais pequena, escrita pela filha, por detrás do balcão num rebaixo da parede e entre prateleiras foi a minha preferida, “Monsanto é uma pedra”.
Reservou-nos uma mesa para o jantar. Ainda bem pois só havia três ou quatro mesas na sala.
Deixámo-lo na sua azáfama, que isto de ter restaurantes é uma escravidão completa e saímos à procura do que mais aparecesse.
Andámos 10mt e fomos convidados a beber da água que jorrava duma parede.
Com o calor que fazia já a imperial se tinha evaporado. Aquela aguinha leve e fresquíssima soube-nos maravilhosamente.
Entrámos logo a seguir na “Taverna Lusitana” para continuar com a hidratação e fazer tempo até ao jantar.
Outra “impria” numa esplanada deslumbrante, a acompanhar o pôr-do-sol e o pôr do fogo.
A esta distância até podiam ser 50...na casinha ao lado é que era pior.
As cores não eram as de um entardecer normal. O bom do mau...
Continua...