O destino era Vila Nova de Cerveira. Viagem sem história, com uma antipática ventania durante todo o percurso. Fica para memória a visita ao Marquês de Marialva, em Cantanhede.
Da última visita, há cerca de 4 anos, ficou na mente a entrada soberba: uma construção em folhas de couve, alicerçada em melão, uvas, nozes, presunto, variedade de enchidos e outra tanta de queijos.
Tudo mais que suficiente para dar a refeição por terminada, mas com o vento na estrada a consumir energia suplementar, houve que reforçar com algo leve: rojões com batata assada. De qualquer forma, o Marquês requer nova visita porque ainda tem muito assunto para explorar.
Sempre com o vento por companhia, o final da tarde trouxe Vila Nova de Cerveira sempre fantástica (há umas semanas atrás coloquei aqui uma foto praticamente igual; tirada quase à mesma hora).
O dia seguinte começou com um reencontro há muito prometido: o Ricardo Vilas Boas, que teve a gentileza de vir fazer-nos companhia e mostrar-nos alguns dos bons locais do seu Minho.
O primeiro troço foi a Serra d'Arga.
Com a GSA a seguir a RT e a perfazer a bonita soma de 55555kms.
Muitas curvas por paisagens fantásticas, no meio da fauna local.
Uma primeira paragem no Convento de São João d'Arga. Local normalmente desabitado, era nesta altura palco de um encontro de numerosos jovens que por ali passavam uma temporada. Em Agosto, na época da romaria anual, consta que aqui se monta um arraial que inclui religião e festa, que vale a pena visitar.
Uns quantos kms de curvas mais abaixo, nova paragem em Ponte Lima onde havia uma reunião de confortáveis sofás com rodas.
Sempre com algumas curiosidades, que despertam os habituais comentários (de pendura) quanto à capacidade de bagagem.
Retomada a estrada em direcção a Ponte da Barca, fez-se a paragem técnica que já se impunha. Uma excelente recomendação do nosso cicerone: Restaurante "Lusitano", em São Martinho da Gandra. Uns bifinhos grelhados (expressão em jeito desolado, utilizada pelo empregado) para substituir o arroz de sarrabulho que já não havia.
Higienicamente acompanhados por um arroz de feijão com nabiças.
E mais um entrecosto de vitela, para que não se levasse fome daquela mesa. Local a repetir, sem dúvida.
O regresso a Vila Nova de Cerveira, depois de feita a despedida do Ricardo em Arcos de Valdevez, fez-se pela estrada de Monção passando pelo Palácio da Brejoeira que dá nome ao afamádo vinho Alvarinho. Amanhã há aqui um concerto do Rodrigo Leão - pelo espectáculo e pelo cenário, gostava de lá estar.
E para o dia terminar em beleza, o pequeno prazer habitual.
