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O Meu conhecimento de Marrocos reduzia-se a duas míseras vezes que por lá estive, a primeira em 98 ou 99, deixámos as Motas em Porto de Sª Maria por alturas do GP e alugamos um carro!!! Inacreditável!!! A segunda, em 2003, foi numa auto-carava com um grupo de Amigos…que não teve o melhor final, dai que a minha “impressão” sobre aquele povo não era, digamos…a melhor, porem, com as constantes idas de vários amigos meus a Marrocos realmente comecei a achar que “aquilo” não era assim tão perigoso e nestes últimos 4 ou 5 anos tenho andado a pensar em ir a Marrocos, os tabus vão desaparecendo, mas os traumas foram muitos e levam realmente muitos anos a passar, mas havia uma coisa em mim que me fazia também acreditar naquele povo, até aqui apenas tinha conhecido alguns menos agradáveis Marroquinos, e talvez um ou dois mais “porreiros” …e mesmo assim já lá tinha estado duas vezes se tinha encontrado pelo menos dois bons já era um principio, afinal não eram todos maus!!!
E depois temos aquilo que nos atrai a praticamente a todos que é toda aquela diversidade da natureza, ora deserto, rectas, montes, curvas, ou auto-estradas…há de tudo, tem tudo ali à mão, cada Motociclista “utiliza” Marrocos como quer” temos lá tudo, desde a aventura ao conforto Total, podemos andar a dormir numa tenda no Atlas ou num Resort em Marraquexe, podemos andar Sozinhos ou acompanhados com a nossas queridas penduras…E depois tem aquela que para mim considero “Magia de África” permite que estejamos a 1000kms de Casa e parece que estamos a 10 000….coisa que se estamos em Paris ou Berlim a 2 ou 3000 kms sentimo-nos sempre em Casa, não é melhor nem pior, é diferente, acho eu
E Assim meus caros amigos em Janeiro deste ano pensei em ir a Marrocos, pedi ajuda e o Pedro Pires Coelho sugeriu-me um Roteiro, entretanto em Janeiro e por uma valente Gripe e mais algumas coisas acabei por não ir, vai dai que 8 meses e tal depois, exactamente faz hoje uma Semana, tinha uns dias livres e resolvi fazer esta voltinha sugerida pelo Pedro, ou pelo menos ter esta voltinha em conta como base e é isso que quero de seguida partilhar convosco, as fotos e talvez algumas emoções que fui sentindo por ali durante 4 dias e 3682 Kms numa viagem totalmente improvisada no sentido em que não levava nada marcado para dormir, enfim, ia literalmente a assobiar com as mãos nos bolsos por ali a Fora…mas de vez em Quando lembrava-me assim, “se na fronteira implicarem comigo na mínima coisa venho-me logo embora”, mas não, nada disso, simplesmente gente Fantástica e acolhedora, muito boa mesmo, igual nesse sentido a muitos países por onde já andei de semelhante cultura,… Bom mas agora vamos a parte de como se desenrola esta viagem, na terça feira vou, mais uma vez, jantar com um grupo de amigos do melhor ao Rest Monte Alto e Falei com o Francisco, por ex, que me explicou que não se paga nada nem é necessário nada para entrar em Marrocos, apenas 10 minutos e uma “carimbadela”, e no barco estão lá logo a receber os papeis que temos de preencher - Porreiro, tenho o pneu careca, dá para 2000kms no máximo, portanto para ir e vir chega perfeitamente….Mas depois começam as “Más” influências,
-Só até Meknés?
-Quem é que tem um pneu em 2ª Mão que me possa emprestar para eu ir até mais a sul de Marrocos? Um pneu ou alguém que tenha ai uma GS que queira trocar de roda de trás comigo?
E aparece o “pior desencaminhador” de qualquer Motocilcista, o Rui Baltasar, e diz- me – Tenho lá um pneu em segunda mão que te dou, só temos de ir a Sintra busca-lo.
Muito Obrigado Rui Baltasar e a partir dai só me vim embora porque o dinheiro não estica….às vezes, porque neste caso até esticou, mas isso são outras conversas…tudo já passado quando sai de “África”
Esqueci-me de acrescentar que até Cadiz ainda fui mantendo um roteiro alternativo, como ainda não ia mesmo seguro de para onde ia tinha uma alternativa que não me saia da mente…Amesterdão!!! Fiquei com essa em Aberto….
Grande Abraço a Todos
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FAQ
Dizia apenas que há uma distinção clássica entre viajante e turista, que não tem muito a ver com a forma como as pessoas se deslocam até ao local onde vão. Tem mais a ver com o que as pessoas procuram quando vão para um local. Diz esta "teoria clássica" que o turista vê as chamadas atracções turísticas e comporta-se o mais possível como quando está em casa, sem realmente tentar interagir com as pessoas e tentar compreendê-las e à sua cultura. Conheço muita gente que segundo esta teoria seriam viajantes, pois vão para o Amazonas de avião, mas procuram estar com gente de lá e percebê-la.