Há uns 40 anos atrás a história começaria assim: "Em vésperas de regressar ao Ultramar...". Hoje diz-se: "Mais um que vai voltar a Angola para trabalhar...". Enfim, apenas um bom pretexto para fazer uns quantos gastro-kms de moto.
O primeiro destino foi a ponta de Sagres, onde a metereologia andava enganada e trouxe uns memoráveis dias de autêntico Verão apesar de estarmos já em Outubro. Disseram os locais que os desgraçados que lá passaram férias em Agosto passado, tiveram um tempo de Inverno.
Mas passemos ao que interessa: A caminho de Sagres, foi tempo de parar em Sines e rever o Amigo João Geraldes. Almocito muito agradável no restaurante "Bom Petisco", onde uns dias mais tarde se haviam de juntar outros companheiros do CKLT para degustar um na rota para as SBK, em Portimão. Desgraçadamente, não colhi fotos desta etapa. Mas asseguro-vos que a feijoada de chôco estava fantástica. E nem sequer tinha espinhas.
Com a estrada pela costa alentejana a servir de lanche, o restaurante "A Tasca" no porto de pesca de Sagres serviu o jantar do primeiro dia. Entradas simpáticas, com morcela (afinal também há disto no Algarve) e cenouras alimadas em vinagre.
O prato principal - espetada de tamboril - foi razoável, sem deixar memória especial. Sempre bom, esteve o Monte da Peceguina tinto; aquilo que podemos chamar com um valor seguro.
Dia de Verão a convidar a um almoço ligeiro, sobretudo depois da alarvidão ao pequeno almoço. Imagino o prejuízo que o hotel teve com o buffet no hotel... Focaccia com rucula, queijo e tomate. Apesar dos nomes estranhos, aquilo soube bem.
Não bastava o almoço ter sido meio abichanado, a ceia desse dia também não revelou gastro-descobertas dignas de nota. Um momento de hesitação e aí estamos numa pizzaria. Salada caprese e pizza com gambas. Confesso: até que não foi mau como acompanhamento para os finos.
O dia seguinte foi mais uma ocasião de rever Amigos que agora habitam no Algarve. E mais um pretexto para pôr a conversa em ordem... à mesa, pois claro. Ameijoas, salada de polvo e carne de porco à alentejana. Tudo excelente companhia para os finos.
Regresso a Lisboa pelo percurso inverso, com paragem técnica num clássico - restaurante "Tia Rosa", em Melides. O pato e arroz de miúdos no forno continuam a honrar a visita.
(cont.)
senteiros.
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