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Uma volta pela América do Sul http://bmwcklt.org/forum/viewtopic.php?f=11&t=6671 |
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Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 8:59 pm ] |
Assunto da Mensagem: | Uma volta pela América do Sul |
Caros amigos, Fiz meu cadastro neste forum a poucos dias (http://www.bmwcklt.com/forums/showthread.php?t=6660) e estou agora compartilhando com vocês uma viagem que fiz com minha namorada (Thaysa) e o Carlos (Cae) por alguns países da América do Sul no início de 2011. O relato foi extraído do forum ao qual participamos (CBBrasil). Boa viagem.... Pessoal, Estamos abrindo este novo tópico para repassar à vocês os relatos da viagem, de forma resumida e em formato de diário de bordo. Tentaremos postar diariamente, de acordo com os recursos tecnológicos disponíveis ![]() Conforme falamos com o Biazoto, pedimos a gentileza que os comentários sejam direcionados ao outro tópico já aberto Voltinha pelo Mercosul, deixando este especificamente para os relatos da viagem, só "cliquem" na opção "observar respostas a este tópico", mas não escrevam ou comentem nada. Então vamos lá.... Dia 23/01 - +/- 450 km (São Paulo - Peruibe - Curitiba): Primeiro dia da viagem. Encontro do pessoal às 9:30 no primeiro posto da Imigrantes sentido Litoral. Além do Cae, Roger e Thaysa, tivemos a participação de Henrique e Débora, Angelo e Cibele, Chiquinho e Amanda, Biazoto, Barioni, Estevam e Enéas. ![]() Para nós foi excelente contar com o apoio e participação do CBBrasil no início da nossa aventura. ![]() ![]() Após a saída em Peruíbe, rodamos uns 300 metros e tivemos que parar para apertar o retrovisor do Cae... rsrs. Logo após, no meio do caminho para Curitiba, mais uma paradinha para apertar os parafusos da bateria do Cae.... ![]() Bom... minha moto também deu um pouco de trabalho por causa de um pequeno vazamento na bomba de água (que não foi solucionado até agora, mas tudo bem). Tocamos para Curitiba e chegamos umas 22:30. Dia 24/01 - +/- 370 km (Curitiba - Lages): A idéia era sair cedo, mas aproveitei e levei a motoca na Yamaha para ver o vazamento. ![]() Desencanei de arrumar porque teria que deixar a moto parada 1,5 dia e o vazamento não é muito (vou monitorar qualquer alteração no nivel do reservatório). Eu e o Cae também ajustamos algumas coisa na CB (aperto do retrovisor e troca dos parafusos da bateria). A saída de Curitiba é meio bagunçada, com placas desencontradas (ainda pegamos uma "bifurquição" errada - depois explicaremos a história da "bifurquição".... rsrs) , mas tudo bem. A chuva também não ajudou muito, mas a estrada estava boa e chegamos em Lages por volta das 23:30 (bem cansados, por sinal). ![]() Dia 25/01 - +/- 570 km (Lages - Santa Maria): ![]() Saímos umas 11:30 (ok, sabemos que foi tarde) e seguimos para Santa Maria. Almoçamos em Vacaria (bifão à milanesa super macio), abastecemos em Passo Fundo, seguimos para Cruz Alta e chegamos em Santa Maria por volta das 22:00. Um parênteses... a "bunda" do Cae não estava acreditando que, em Passo Fundo, ainda faltavam 300 km para se chegar em Santa Maria...vocês tinham que ver a cara de desespero dele... ![]() Mesmo assim seguimos em frente... se tivéssemos planejado não teríamos encontrado a placa do 'marco zero' na divisa entre SC e RS! ![]() Este trecho foi o mais legal até agora (paisagem com muito verde, morros e curvas fantásticas, apesar da chuva braba). ![]() ![]() ![]() ![]() Bom... em Santa Maria fomos recepcionados pelo amigo Artigas. Ele nos buscou no posto policial, na entrada da cidade e preparou um jantar excelente (bifão ao estilo gaúcho na chapa, da melhor qualidade). ![]() Como recompensa ao dia cansativo, eu e o Cae entramos na piscina e tomamos uma Polar para relaxar... ninguém é de ferro... no final, valeu cada esforço do dia. ![]() O Artigas prometeu que fará uma costela gaúcha, mas só para quem for ao passeio do Uruguai.... hehe Dia 26/01 - 0km (Santa Maria): A Thaysa não passou muito bem hoje, então aproveitamos a hospitalidade e companhia do Artigas para descansar. Além disso, aproveitamos a oficina do mestre Artigas e ainda demos uma boa revisada nas motocas e as colocamos prontas para a estrada. ![]() ![]() ![]() E durante a tarde aproveitamos para atualizar o post ![]() Por enquanto é isso pessoal... Abração, Roger, Thaysa e Cae [font='Calibri','sans-serif'][/font] |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:06 pm ] |
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Continuando..... (atendendo a pedidos... rsrs) Dia 27/01 - 315km (Santa Maria - Tacuarembo - Uruguai): Saimos da casa do Artigas umas 11:00 da manha e seguimos para Santana do Livramento / Rivera. A Vania (esposa do Artigas) nos acompanhou atè a saida da cidade. O Sol estava bem forte e chegamos em Rivera (Uruguai) por volta das 15:00. ![]() O Cae e a Thaysa estavam ansiosos pelas compras na zona franca. Na entrada do estacionamento, o Cae comprou um terreninho uruguaio... rsrs. Nada grave gracas a Deus (sò um ralado no mata-cachorro e um guidon amassado). Como fiquei "de castigo" no estacionamento (eu quis guardar as motos por ser uma cidade fronteiriça com gente estranha), optei por ficar e arrumar a moto do amigo. ![]() Arrumamos um hotelzinho batuta em Tacuarembo (com direito a piscina com trampolim). Eu fiz o Cae pular (uns 3 metros de altura) e na minha vez sai fora.... rsrs (isso nao se faz com um amigo...). ![]() Tomamos cerveja quente (Patricia) numa esquina e fomos dormir. Dia 28/01 - 350km (Tacuarembo - Colonia del Sacramento) Neste dia pilotamos debaixo de um sol escaldante... uns 35 graus. Almoçamos em Paso de Los Toros e depois tiramos um cochilo na beira da estrada... rsrs... fomos vigiados pelos Carabineros. ![]() ![]() Chegamos em Colonia no inicio da noite. A cidade é show de bola e tiramos algumas fotos muito legais. Obs.: Antes de ir para hotel, compramos nossas passagens do Buquebus (que faz a travessia maritma entre Colonia e Buenos Aires). O Terminal onde sai o Buquebus é melhor que a maioria dos nossos aeroportos, como voces podem ver nas fotos. Dia 29/01 - 320 km (Colonia / Buenos Aires / Vedia) Tiramos umas fotos em Colonia e depois pegamos o Buquebus umas 14:00. ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Chegamos em BA umas 15:00, tiramos algumas fotos pela cidade e seguimos direto para a Ruta Nacional 7, que liga BA a Mendoza. ![]() ![]() ![]() ![]() A ideia era seguir atè Rufino, contudo, paramos para abastacer e jantar numa cidade chamada Vedia, num restaurante de posto de gasolina chamado Yacare (Jacaré). Como estavamos cansados, optamos por buscar um hotel por lá mesmo. Encontramos o Hotel Avenida (bem simples, porem aconchegante). |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:12 pm ] |
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Dia 30/01 - 800km (Vedia - Mendoza) ![]() Este dia foi f.... pela km. Saimos relativamente tarde de Vedia (umas 11:00), colamos nosso adesivo na porta do Hotel e seguimos viagem. ![]() ![]() ![]() Estava muito quente e durante a tarde pegamos uma bela chuva. Estavamos focados em chegar em Mendoza e acabamos perdendo um posto de combustivel que era o unico numa distancia de 170km. O retorno ao posto nos custou 70 km a mais (ida e volta). Chegamos em Mendoza muidos, umas 2:00 am. Dormimos sem nos preocuparmos com o horario do cafe.... Dia 31/01 - 0km (Mendoza). Tiramos o dia para descansar, "cambiar o aceite de las motos" e tirar fotos. ![]() O Cae retirou a vela da CB e a do lado direito estava bem escura e oleosa. Dai imaginamos o motivo do consumo de carro 1000 ruim (10 km/l). O cara do Lubicentro limpou-a com uma soluçao para limpeza de carburadores e agora acreditamos que voltou ao normal (está fazendo por volta de 15-17 km/l). ![]() Almocamos num shopping, tiramos varias fotos pela cidade, tomamos uma cerva (desta vez bem gelada) com empanadas e fomos dormir. ![]() Dia 01/02 - 360km (Mendoza - Santiago do Chile) Este dia foi o melhor em termos de pilotagem. A travessia da cordilheira é algo fantastico. ![]() As fotos infelizmente nao conseguem descrever a grandiosidade do lugar. ![]() Saimos de Mendoza logo pela manha e logo no começo da rodovia a cordilheira já mostrava sua imponencia. ![]() Rumamos â Uspallata, onde comemos algo, depois seguimos para tirar umas fotos em Las Cuevas (Puente del Inca), ![]() ![]() Parque Aconcagua (com o proprio ao fundo) e fizemos a migraçao. Detalhe: errei tres vezes o preenchimento da "tarjeta migratoria" e o Cae mudou de sexo (anotaram F ao inves de M). ![]() ![]() ![]() Encontamos um grupo de brasileiros no parque Aconcagua e um frances que está viajando sozinho, numa TT600 ha um ano e que jà percorreu mais de 50 mil km. Obs.: sempre tem gente mais doida que nós.... ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Chegamos em Santiago umas 11:30 e foi um parto achar hotel. Um taxista ajudou-nos e sugeriu falarmos com os Carabineros (policia local). Voces jà viram algum policial ajudar um viajante a encontrar hotel???? Nao??? Nem nòs.... Rodamos pra cacete, tomamos um couro do GPS (que nao serviu para muita coisa), mas no final encontramos um hotelzinho bom.... e caro (como todos por aqui). Dia seguinte encontramos com uns brasucas no mesmo hotel, fazendo o caminho inverso. |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:16 pm ] |
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Dia 02/02 - 0km (Santiago) ![]() Acordamos tarde, pois descansamos bastante para recuperar as energias. Fizemos um tour pela cidade de taxi, fomos atè o Morro de San Cristovan, depois demos uma passada no shopping Arauco e voltamos ao hotel para descansar. ![]() ![]() Dia 03/02 - 400km (Santiago - La Serena) Saimos de Santiago umas 13:00 rumando ao norte por "La Ruta Panamericana 5". Comemos um dogao e tocamos para La Serena. Foi um excelente dia de pilotagem, com o Pacifico a nossa esquerda. Chegamos em La Serena por volta das 20:00 e foi outro parto para achar hotel. Estavam todos bem caros e acabamos dormindo num bem simples, porem aconchegante. ![]() ![]() Dia 04/02 - 330 km (La Serena - Copiapo) ![]() Saimos do hotel pela manha, pegamos a Ruta 5 (que neste trecho é pista simples) e continuamos ao norte. Almocamos em Vallenar. Encontramos um casal de franceses, com duas motoquinhas chinesas Pegasus 150 cc que foram compradas e emplacadas na Bolivia para ir ao Ushuaia (Argentina), ou seja, o melhor exemplo da pura globalizaçao. ![]() ![]() ![]() Chegamos em Copiapo umas 18:00. A cidade fica no meio do deserto e é cercada de montanhas. Ficamos numa pousada chamada Oasis do Atacama que foi indicada por um tio numa XT600. ![]() ![]() ![]() Agora vamos comer algo e depois subiremos algumas das 4316 fotos (esse numero é real...) Abracao Roger, Thaysa e Cae |
Autor: | Joao Krull [ domingo jan 08, 2012 9:17 pm ] |
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Obrigado pela Partilha! Continuação de boas viagens e gozem tudo isso. ![]() |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:20 pm ] |
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Estou incluindo mais alguns dias. Eu escrevo e o Cae incluirá as fotos. Bom... continuando o relato.... vamos ver se consigo me lembrar de tudo... rsrs... Dia 05/02 - 305 km (Copiapó - Taltal) O dia começou com um razoável café da manhã no Hotel Oasis do Atacama em Copiapó. ![]() Logo depois de arrumar as coisas para sair, o Cae percebeu que o peso do guidon estava solto e aproveitou para apertá-lo. ![]() Como havia muitas flores no estacionamento do hotel, um beija-flor estava dando rasantes em busca de alimento. ![]() Enquanto esperava, a Thaysa aproveitou para fotografá-lo em suas tentativas. Não foi fácil, mas teve êxito. Saímos do hotel e passamos na praça central para trocar algum dinheiro na casa de cambio. Enquanto eu fazia a troca, alguns motociclistas pararam na praça e começaram a conversar com o Cae e a Thaysa. Estavam em duas XTs (uma igualzinha a minha) e uma Falcon. ![]() Foram muito legais, nos deram muitas informações sobre as estradas, me levaram no Centro de Informações Turísticas onde peguei alguns folders e também nos deram adesivos do Chile. Colamos em nossas motos, tiramos algumas fotos e nos despedimos. ![]() Quando estávamos quase partindo, um senhor começou a perguntar algumas coisas e a falar num português com sotaque carregado. Era o Sr. Victor Patricio e disse-nos que havia morado no Brasil por 8 anos, amava nossa terra e os brasileiros também. ![]() Ficamos muitos contentes. É uma pessoa extremamente simpática, daquelas que podemos ficar conversando horas sem ver o tempo passar. Quis saber tudo sobre a viagem, convidou-nos para um lanche (nesse ponto já era quase meio-dia). Lá pelas tantas começou a assobiar nosso Hino e as lágrimas lhe corriam a face. Telefonou para a esposa e disse que aquele era um dia muito feliz, pois havia encontrado brasileiros. Ligou para o genro também e fez questão que eu o atendesse e falasse português. Igualmente simpático. Bom... depois do lanche ele nos levou numa espécie de lanchonete e pagou-nos algumas empanadas para levarmos. Não poderia ser melhor. Seguimos viagem para Caldera, passando por Bahia Inglesa, que é um dos balneários mais famosos do Chile. ![]() Realmente é muito bonito, mas a água não deve ser das mais convidativas.... ![]() Tiramos algumas fotos com roupa de motociclistas (parecíamos ETs no meio da galera de trajes de banho) e rumamos ao norte pela costa (Ruta 5) sentido Chañaral. ![]() Abastecemos e seguimos para Taltal, onde planejamos dormir. Em Chañaral, a Ruta 5 afasta-se da costa e segue ao norte pelo interior. Nossa idéia era seguir mais pela costa, então tentamos um caminho seguindo a praia. Não demorou muito para percebermos que estávamos meio perdidos. Perguntamos a um casal a direção correta e eles nos informaram que havia um caminho de rípio (terra / cascalho) que ia margeando a costa até um parque nacional chamado Pan de Azucar. ![]() ![]() Decidimos tentar, só que no meio de tudo isso, deveríamos atravessar uma parte de areia da praia e foi ai que comprei um terreninho. ![]() Nada grave, pois estava com velocidade baixa e havia um banco de areia ao nosso lado. Foi só um susto.... Aproveitamos o momento de descontração para comer empanadas (by Mr. Victor) e brindar a situação. ![]() Seguimos pelo caminho de rípio até o tal parque nacional e foi um trecho espetacular. ![]() Paramos para tirar foto numa praia de pedras tendo o Pacífico ao fundo (com direito a uma foto com a bandeira do nosso moto grupo). ![]() Pena que já estava escurecendo e não deu para ficar muito tempo. ![]() Seguimos viagem até encontrar a Ruta 5 novamente e chegamos em Taltal já era meio tarde. ![]() Dormimos num hotelzinho meio estranho, de madeira e no segundo andar. O chão todo tremia ao caminharmos... ![]() |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:24 pm ] |
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Dia 06/02 - 230 km (Taltal - Antofagasta) Acordamos, arrumamos as coisas e tomamos café numa cafeteria, já que hotel estranho não o fornecia. Logo na entrada, uma placa “Aki nóis bebe e faz churrasco”... ![]() heheh. Opa... aqui tem brasucas.... Falei com a dona do lugar que me disse que havia ganhado a placa de presente. Tive que explicar o que significava, porque ela não fazia idéia. Café tomado, pegamos as motos e fomos abastecer no único posto de combustível. ![]() Seguimos pela costa (carretera costera A-1) até um vilarejo chamado Paposo. Daí para diante a estrada é de rípio e ruim e tivemos que seguir por outra asfaltada até encontrar novamente a Ruta 5. ![]() ![]() Passamos em frente ao Observatório Paranal. Não faltou vontade de conhecê-lo, porém, logo no acesso de entrada, uma placa dizia que somente pessoal autorizado era permitido. Seguimos então para Antofagasta. Demoramos um pouco para achar hotel, mas deu tudo certo. Dia 07/02 – 300 km (Antofagasta – Mão do Deserto – Antofagasta – Mejillones – Antofagasta) Neste dia fizemos tour pela região. Fomos até a famosa Mão do Deserto (75 km ao sul) ![]() ![]() e depois até uma vila de pescadores chamada Mejillones (75 km ao norte), voltando a Antofagasta para dormir. A Mão é uma escultura de uns 5 metros de altura situada no meio do nada, mas ponto obrigatório para quem visita a região. ![]() ![]() Já no caminho para Mejillones, passamos pela “La Portada”, outro ponto obrigatório para tirar fotos. ![]() ![]() Trata-se de uma formação rochosa, próximo à praia, que sofreu erosão pela água e possui um enorme furo no centro. Certamente as fotos explicam melhor. ![]() ![]() Mejillones é um porto conhecido, com uma praia bem freqüentada, mas sem grandes atrativos. ![]() A não ser nós! ![]() No caminho para Mejillones passamos pelo Trópico de Capricórnio. ![]() Eu particularmente tinha grande expectativa em conhecer a cidade de Antofagasta, mas foi quase uma decepção. ![]() A orla é muito bonita e bem-cuidada, porém, é como se fosse uma casca, pois a parte central é feia e suja (lembra um pouco a parte feia do centro de SP). Senti também um pouco de desconforto com relação à segurança. Não aconteceu nada, mas a gente sente quando um lugar não tem boas energias. Falaram-nos que a cidade é muito procurada por empresários que trabalham com minérios, dada a proximidade com as minas da região, funcionamento como porto de escoamento de muitos produtos. Além disso, também falaram que é uma cidade muito cara em termos hoteleiros, o que pudemos comprovar na pele. |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:27 pm ] |
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Dia 08/02 – 305 km (Antofagasta – San Pedro de Atacama) Saímos de Antofagasta pela manhã e seguimos para San Pedro de Atacama passando por Calama. Depois de algum tempo de viagem, avistamos umas ruínas e paramos para tirar algumas fotos. ![]() ![]() ![]() Chegamos em Calama no início da tarde, abastecemos e buscamos um lugar para comer. Paramos num restaurante que serviu frango assado e um espaguete (chamado fideo) sem molho nem gosto. O jeito foi apelar para o ketchup... rsrs ![]() Saímos de Calama e um trecho de serra se iniciou, trazendo um frio intenso e uma chuva fina, o que nos obrigou a parar as motos e colocar roupas mais apropriadas. ![]() Aqui aproveitamos para tirar o filtro da CB que estava reclamando da altitude. ![]() Certamente foi um dos trechos mais frios que passamos pilotando. ![]() ![]() Chegamos em San Pedro no final da tarde, com o Sol já sumindo e um friozinho começando a apertar. ![]() O parto para se encontrar hotel foi suspenso por um guia que nos abordou na rua oferecendo uma “cabaña” que ele tinha para alugar. ![]() Na verdade era uma casa com sala e dois quartos que a família dele tinha construído para este propósito. Neste momento, eu e o Cae estávamos conversando com um casal de brasileiros que estavam fazendo o percurso inverso (estavam vindo da Argentina) numa Bandit 1250 e disseram que haviam passado bastante frio na travessia do Paso Jama. ![]() Bom... após alguma conversa com o tal guia, chamado Marcelo, eu e o Cae fomos ver a tal “cabaña” e a Thaysa ficou conversando com o casal. Fechamos o negocio, o casal também concordou em ficar, e fomos comprar algumas coisas para café da manhã. Guardamos as motos (as 3) no quintal da casa do Marcelo e fomos descansar. Dia 09/02 – 0km (San Pedro de Atacama) Neste dia aproveitamos para conhecer um pouco a cidade. O Cae começou a ficar indisposto e pensamos ser algo relacionado à altitude (em San Pedro, 2400 msnm). ![]() ![]() Almoçamos em algum lugar que não me lembro. O Cae voltou para a cabana e eu e a Thaysa fomos conhecer algumas coisas, dentre elas o Museu Arqueológico Gustavo Le Paige. ![]() ![]() ![]() No museu comecei a me sentir meio enjoado. Jantamos e fomos descansar. ![]() [font='Calibri','sans-serif'] ![]() |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:30 pm ] |
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Dia 10/02 – 0km (San Pedro) O casal que estava com a gente na cabana foi embora, rumando para o Sul. O dia foi praticamente inútil. Eu e o Cae ainda passando mal e a Thaysa sem muito o que fazer. Descansamos durante o dia e no final da tarde, como já estávamos um pouco melhor, fomos no centro tentar fechar algum pacote de passeio. ![]() ![]() Em San Pedro há inúmeras agências de turismo que oferecem tours pela região, e há vários pontos turísticos, dentre eles: Vale da Lua, Gêiseres de Tatio, Salar de Atacama, Lagunas Altiplânicas, Laguna Cejar, Termas de Puritama, dentre outros. Interessei-me pelas Lagunas Altiplânicas por ser algo bem diferente do que estamos acostumados. Fechamos o passeio com uma agência que ficou de nos buscar na cabana no dia seguinte, às 06:30 da manhã. Fomos comprar algumas coisas para levar no passeio e descansar. Aproveitamos e experimentamos a pizza deles, não estava ruim não! ![]() ![]() Dia 11/02 – 50 km (Região de San Pedro) Estávamos de pé desde às 05:30. Deu o horário combinado e nada.... Umas 07:00 eu e o Cae fomos até a agência e a Thaysa ficou na cabana. Aguardamos alguém aparecer. O Cae foi tentar telefonar enquanto eu fiquei de pé do lado de fora da bagaça. Lá pelas tantas apareceu um dos donos que informou ter havido um problema na estrada de acesso e que o passeio estava suspenso. O tal problema se referia ao “Inverno Boliviano”, um sistema climático típico de montanha que trazia muita chuva para a região, deixando as estradas quase intransitáveis. Acontece que esse inverno não ocorria desta forma há uns 10 anos e acredito ser provocado pelos efeitos do “El Niño” que estamos passando. Decepção total.... rsrs. Fomos descansar e durante a tarde pegamos as motos e fomos visitar o Vale da Lua, que valeu muito a pena. ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Dia 12/02 – 0 km (San Pedro) Este foi mais um dia fatídico em San Pedro. Eu já estava de saco cheio do lugar, pelas coisas não estarem dando certo para a gente e a Thaysa ainda sonhando em ir para a Bolívia. Após algumas conversas, topei em analisar o tema e fomos atrás de uma agência que aceitasse cartão de crédito, pois a grana não seria suficiente. ![]() Encontramos a Cordillera Travel e conversamos com uma das proprietárias (Mijal) que nos explicou tudo e acabei me convencendo de que seria uma experiência incrível. ![]() Falamos com o Cae, que neste ponto já estava curado, mas não saia da cama, e compramos alguns mantimentos para a partida, já no dia seguinte. ![]() ![]() Continua em breve.... ![]() abracos Roger |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:38 pm ] |
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Aeee pessoal... mais um capítulo da viagem. Este é especifico da Bolivia. O relato é meio longo, mas vale muito a pena. Este trecho foi feito através de uma agência de turismo chamada Cordillera e não com as motos... Bom divertimento!!! Dias 13/02 a 16/02 – uns 1.100 km (San Pedro – Salar de Uyuni na Bolívia – San Pedro) Bom... este foi um passeio à parte e vou agrupá-lo como um todo. Foram 04 dias e 03 noites sacolejando em cima de uma Toyota Land Cruiser 4x4, sem chuveiro no primeiro dia, em condições precárias no segundo e terceiro, porém...., as paisagens falam por si (...espetaculares). Valeu cada centavo e cada instante de desconforto para visitar um lugar quase mágico, que aparenta, num primeiro instante, estar atrasado uns 100 anos da nossa civilização, porém, preserva uma natureza praticamente intocada pelo homem. A gente se sente um pouco estranho, há no ar um sentimento de desolação, de algo fora da realidade, algo que ficou perdido como se fosse uma viagem no tempo. Mas é incrível como é bonito. Acredito que muito desta beleza esteja relacionada ao fato da altitude, quase sempre acima dos 4.500 e chegando, em alguns pontos, a quase 5.000 msnm. As plantas são poucas e rasteiras, o ar é sempre frio, as montanhas geralmente possuem neve na parte superior e há poucos animais: vicunhas, lhamas, uns roedores que se assemelham a coelhos (esqueci o nome... acho que são vizcachas) e é claro, flamingos nas lagoas. Por ser uma região com intensa atividade vulcânica, cada lagoa que visitamos possuía minerais e substancias químicas diferentes, dentre eles: cobre, bórax, enxofre, acido sulfúrico, entre outros. Os flamingos se alimentam de pequenos crustáceos que se desenvolvem em certas lagoas. Bom... voltando ao passeio. Acordamos cedo, separamos as coisas que íamos levar em duas pequenas mochilas e também arrumamos as coisas que iriam ficar na cabaña, junto com as motos. ![]() Dirigimo-nos à agência para pegar a van que nos levaria até a fronteira a uns 50 km de San Pedro. Na agencia conhecemos os outros viajantes que iriam à mesma excursão: 2 casais de ingleses, uma alemã doida, uma senhora italiana e uma outra holandesa, além é claro os três patetas (eu, Thaysa e Cae), totalizando 10 pessoas. ![]() Partimos umas 08:30 e já no caminho, passamos na Imigração para fazer a saída do Chile. ![]() A van pegou a estrada no sentido do Paso Jama e começamos a subir. Para se ter uma idéia, San Pedro do Atacama fica a 2.400 msnm e a fronteira com a Bolívia fica a 4.500 msnm. É uma baita subida em apenas 30 ou 40 km. ![]() No meio do percurso tivemos que parar porque havia nevado durante a madrugada e a pista ainda estava congelada. ![]() Descemos da van para tirar algumas fotos e deveria estar uns 2 ou 3 graus Celsius. Esperamos alguns minutos para prosseguir. ![]() Chegamos na fronteira (que na verdade é apenas uma humilde casa com a inscrição: Migración Bolívia), ![]() fizemos a entrada no país e tomamos café da manhã em pé ao lado das Toyotas Land Cruiser 4x4 em que faríamos os passeios. ![]() ![]() Como estávamos em 10 pessoas, fomos divididos em 2 grupos de 5. Cada grupo iria numa Toyota, com o respectivo motorista. Em nosso carro ficou, além dos 3 patetas, a alemã doida e a senhora italiana. Nosso motorista era o Javier. Após o café iniciamos a jornada de 540 km até o Salar de Uyuni por estradas não pavimentadas (aliás isso é piada, porque literalmente não há estrada alguma). ![]() Primeira parada: Laguna Branca e Laguna Verde. Cada uma atrás de um vulcão (Juriques e Licancabur, respectivamente). ![]() ![]() Obs.: Cada lagoa do altiplano boliviano possui uma cor distinta que a diferencia das demais. Isso ocorre, conforme já mencionado, aos diversos minerais presentes em suas águas. Minerais como magnésio, bórax, enxofre, cobre fornecem tonalidades como verde, branco, marrom, laranja, vermelho (não exatamente nesta ordem, ok?). Em toda esta região há inúmeros vulcões e são eles os responsáveis pela paisagem diferenciada e pelos minerais encontrados nas proximidades. ![]() Segunda parada: Deserto de Dali. É um trecho de mais ou menos 10 a 15 km onde se pode fotografar montanhas coloridas, fazendo uma referencia às pinturas de Salvador Dali. ![]() Terceira parada: Termas de Polques e Laguna Salada. Nesta parada havia a possibilidade de tomarmos banho numa piscina de água corrente a uns 38oC. ![]() Como estava frio pra cacete e a parada era só de 15 minutos, não nos animamos, mas tinha muita gente aproveitando. Quarta parada: Gêiseres “Sol de Mañana”: são gêiseres que expelem fumaça de enxofre. ![]() É possível chegar bem próximo e olhar dentro das cavidades e perceber o material rochoso borbulhando. Este é o ponto mais alto da viagem (4.950 msnm). Quinta parada: Refúgio da 1ª noite. Chegamos ao refúgio onde passaríamos a noite. Uma construção simples, térrea, parecendo uma pousada, com uns 8 a 10 quartos, um local para as refeições e uma cozinha. ![]() O detalhe é que havia somente um banheiro, coletivo, contendo 2 vasos sanitários operantes e duas pias. E só. Não havia chuveiro e a luz era provida por um pequeno gerador. Neste local, durante o inverno, a temperatura chega na casa dos -30oC. ![]() A programação era a seguinte: deixar as coisas nos quartos (também coletivos), almoçar (purê de batata, salsicha ruim e salada), visitar a Laguna Colorada que fica a uns poucos quilômetros, voltar ao refugio, jantar (sopa com macarrão e pêssego em calda como sobremesa) e dormir. Sexta parada: Laguna Colorada. Belíssima e grandiosa lagoa com tonalidade alaranjada. Muitos flamingos se alimentam nela, sempre a procura de uns pequenos crustáceos que se desenvolvem em suas águas. ![]() Voltamos ao refugio para jantar e dormir. O motorista aproveitou e trocou a bucha da suspensão do nosso carro, pois estava gasta e o carro pendia para um dos lados. Coisa simples. |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:41 pm ] |
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2º Dia: 14/02 Acordamos por volta das 7:00, tomamos café da manhã e caímos na estrada. Primeira parada: Arvore de Pedra. ![]() Interessante formação rochosa, provavelmente de origem vulcânica, que sofreu desgaste pela ação do vento e ficou com um aspecto parecido com o de uma árvore. Neste mesmo local é possível também admirar outras formações rochosas igualmente interessantes. ![]() Segunda parada: Deserto de Siloli. Parecido com o de Dali, com um visual de total desolação. Neste ponto nosso carro, que era o mais velho dos dois, começou a apresentar problemas e o motor ficava morrendo constantemente. Nosso motorista então disse que o filtro de combustível estava entupido e tínhamos que parar a cada pouco para limpa-lo. Ele o desmontava, colocava um pouco de gasolina dentro e assoprava com força para tentar desentupir. Isso foi feito umas 4 a 5 vezes. Terceira parada: Lagunas Honda e Hedionda. Da mesma forma como as outras lagoas, águas cor de esmeralda e flamingos estavam presentes nestas lagoas. ![]() Quarta parada: Almoço. Paramos num local muito estranho. Era na verdade uma espécie de armazém e local de processamento de enxofre, com algumas casas de prováveis trabalhadores, porém, tudo abandonado, praticamente em ruínas. Não havia banheiro. O local ficava às margens de um pequeno rio e aos pés de uma grande montanha que suponho ser um vulcão. ![]() Os motoristas estacionaram os carros e avisaram que fariam o almoço. Saí para explorar um pouco aquele estranho local junto com a Thaysa. O Cae, que estava indisposto, ficou próximo dos demais. Tirei algumas fotos e quando voltei para perto do carro, vi o motorista cortando tomate para fazer uma salada. Pensei: pqp... não tem banheiro aqui e este cara nem lavou a mão. Pensei comigo... vou sair daqui porque se a Thaysa olhar para isso não achar legal... rsrs. Bom... de nada adiantou porque não deu 5 minutos e ela veio falar comigo: “... você viu o Javier cortando tomate para a salada com a mão suja...?” Respondi que tinha visto, mas ai na hora veio-me uma solução. Falei para ela: bom... vamos pensar uma coisa... não tem água aqui, mas ele teve contato com tanta gasolina para limpar o filtro de combustível, que acho não teremos problemas com micróbios. Sei lá se isso é verdade, mas o fato é que comemos a tal salada, arroz frio de uns dois dias, atum enlatado e milho em conserva. No final... não foi de todo mal. ![]() Quando estávamos indo embora, veio uma senhora acompanhada de uma garota pré-adolescente e uma criança de colo. Era a suposta “dona” do lugar. O Javier, motorista, deu a ela um saco com alguns pães amanhecidos e ela abriu um sorriso enorme. É impressionante a pobreza do lugar. Perguntei ao Javier como podia aquela mulher viver naquelas condições e ele disse que ela morava ali, cuidando sozinha das duas crianças e de um pequeno rebanho de lhamas. Putz... me deu um nó na garganta de ver aquilo... vocês não fazem idéia de quão isolado era o lugar. Sem energia elétrica, escola, hospital, água encanada... absolutamente nada num raio de pelo menos uns 30 km. Quinta parada: Vila Allota. Um pequeno povoado onde a maioria dos habitantes trabalha no cultivo da quinua (um cereal rico em vitaminas) ou com rebanho de lhamas. ![]() Nesse aqui o Cae lembrou do Barioni. ![]() Sexta e última parada do dia: Culpina K. Também um pequeno povoado. O local onde dormimos era uma espécie de pousada, porém, muito simples. Havia apenas dois banheiros coletivos (que não tinham trancas internas) e dois chuveiros não muito eficientes. Tomamos banho e jantamos carne de lhama (meio dura, mas boa). ![]() Choveu bastante durante a noite e meu medo era de que entrasse água no quarto, pois o telhado era de uma palha fina e o forro interno de uma espécie de lona com alguns furos. Mas tudo correu bem. |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:43 pm ] |
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3º Dia: 15/02 Tomamos café da manhã junto com os outros viajantes e caímos na estrada. Primeira parada: San Cristobal. É uma cidade um pouco maior e mais desenvolvida que as duas anteriores. ![]() Isso não significa que tenha asfalto ou coisa parecida, mas vê-se um pouco mais de civilização. Esta cidade foi criada para dar suporte à principal mina da região, que tem o mesmo nome. ![]() Muitos caminhões atravessam esta região da Bolívia levando minério até o Pacifico. Paramos no Mercado Público para tirar fotos (inclusive da igreja que estava próxima), ![]() usar o banheiro ![]() (dada a dificuldade em se usar o banheiro da pousada, que entupiu durante a noite) e pudemos apreciar algumas crianças entrando na escola. Todas bem arrumadas e de uniforme. Mas a pobreza é geral.... Segunda parada: Cemitério de Trens. Já próximo ao Salar de Uyuni, há uma grande cemitério de trens que estão ali há pelo menos 40 ou 50 anos. ![]() Achamos bem estranho, porque os trens estão ali, ocupando espaço e apodrecendo nas intempéries, enquanto as estruturas de ferro poderiam ser derretidas e reaproveitadas. De qualquer forma, os turistas aproveitam para tirar fotos. Terceira parada: Colchani. Povoado bem ao lado do Salar. Há uma feirinha de artesanato onde vendem-se principalmente objetos feitos de sal. ![]() Almoçamos numa espécie de boteco e seguimos para o salar. ![]() A comida estava sofrível. Quarta parada: Salar de Uyuni. O grande objetivo de toda esta epopéia.... É realmente magnífico e só mesmo vendo as fotos para se ter uma vaga idéia do que se trata. ![]() Estava todo coberto de água (uma lâmina de uns 5 a 10 cm, dependendo do local). ![]() Entramos somente uns 4 km adentro e não prosseguimos por causa da navegação. O motorista nos falou que é perigoso ir muito longe, pois, nestas condições, perde-se completamente o referencial para se guiar. ![]() Deixa eu tentar explicar: o Salar tem mais de 12 mil km2. Isso significa que, para atravessá-lo, de uma ponta a outra, são mais de 120 km. Quando se está seco, há algumas “estradas” em que é possível seguir e não se perder. Porém, quando tem água, tais “estradas” se perdem e, estando no meio dele, em qualquer direção que você olhar verá o encontro do céu com a lâmina de água no horizonte e isso é muito desorientador. ![]() Bem... ficamos em torno de uma hora no Salar, tirando fotos e tentando caminhar descalços na superfície quase cortante das pedras de sal. ![]() Uma experiência realmente única que jamais esqueceremos. ![]() ![]() Quinta parada: Cidade de Uyuni. É uma cidade de uns 80 a 100 mil habitantes, não muito bonita, mas com um comércio local grande e uma economia relativamente interessante. ![]() Nosso destino foi o escritório da agência de turismo Cordillera, no lado boliviano, para trocarmos o carro e o motorista, já que o Javier entraria em folga. O motorista que nos levaria de volta foi o (esqueci o nome dele agora) e o carro, outro Land Cruiser, porém, um pouco mais novo. Partimos umas 16:00 e nosso objetivo era chegar numa cidade chamada Villamar a uns 180 km de Uyuni. Sexta parada: algum lugar entre Uyuni e Villamar. Nosso carro quebrou. Houve alguma pane elétrica e o motor não funcionava. Bom... ficamos parados algumas horas e vários motoristas de outras agências pararam para tentar, em vão, nos ajudar. ![]() Acabamos por pegar carona em outros veículos que iam para a mesma cidade, enquanto nosso motorista ficou para tentar solucionar o problema. Depois de algum tempo na estrada, tivemos a informação de que ele havia concertado o veiculo e já estava vindo ao nosso encontro. E qual foi o problema? Bem, como os carros entram no Salar, inclusive com água, toda a água salgada acaba entrando nas partes elétricas e oxidando os fios. O duro é achar em qual deles.... De qualquer forma, o que ficou claro é que todos os motoristas entendem de mecânica e se viram bem, mesmo nas adversidades, pois as distâncias são enormes e não há muito onde se pedir ajuda. Sétima parada: Villamar. Chegamos neste povoado umas 22:00. Jantamos sopa, purê de batata e salsicha e fomos dormir... exaustos. Estava um p... frio. |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:45 pm ] |
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4º Dia: 16/02 Tivemos que acordar bem cedo, acho que umas 4:30, para cair na estrada. Até a fronteira ainda tinham uns bons kms. Fizemos uma parada rápida nas Termas de Polques, onde já havíamos passado no primeiro dia. ![]() O frio continuava e eu cochilei quase o percurso inteiro. ![]() Segunda parada: saída do Parque Eduardo Avaroa. Entregamos nossos bilhetes de saída do parque. O motorista (que ainda não me lembro o nome) aproveitou para abastecer o carro. Ele subiu no teto e abriu um enorme recipiente de plástico do tamanho de um barril e, com uma mangueira, encheu o tanque. ![]() Ele aproveitou também para limpar um pouco o veiculo da poeira da estrada. Terceira parada: Fronteira Bolivia – Chile. Entregamos nossos bilhetes migratórios, pagamos 15 bolivianos cada um (ainda não sabemos o porquê, pois fomos os únicos a pagar tal “taxa”) e tomamos café da manhã. Neste momento, outro grupo já estava se preparando para embarcar nas Toyotas, enquanto nosso grupo voltaria com a mesma van do início do passeio. Quarta parada: Migração Chile. Registro do CB Brasil na fronteira. ![]() Fizemos a entrada oficial no Chile em San Pedro de Atacama e fomos procurar uma pousada para passar a noite. Buscamos as motos na cabaña do Marcelo e fomos descansar. Último capitulo em breve.... Abração, Roger, Thaysa e Cae |
Autor: | rrichter [ domingo jan 08, 2012 9:50 pm ] |
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Caros, Desculpe se ficou longo e cansativo. Tive que "copiar" e "colar" todo o relato quebrando em no maximo 20 fotos, pois o forum não permite que este numero seja ultrapasado em cada mensagem. Ainda falta a ultima parte do relato (a volta para casa), mas eu ainda não escrevi por falta de tempo. Assim que estiver pronto eu disponibilizo por aqui tambem. Obrigado a todos e espero que gostem Roger |
Autor: | PIRATINHA [ domingo jan 08, 2012 10:34 pm ] |
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Muito bom Roger... inveja da boa ![]() Abraço PIRATA ![]() |
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