Não sou propriamente uma jovem que pertença à faixa etária da geração que está à Rasca, mas todos os dias, todos os meses, ando à rasca para gerir o meu orçamento. Tenho a sorte de ter emprego (por enquanto) mas o fantasma da incerteza paira sempre no meu horizonte. Não sou adepta dos “empregos para a vida” mas também não sou adepta dos abusos das organizações (públicas ou privadas) face a quem precisa de trabalhar e lutar para ter uma vida com um mínimo de condições.
Vejo com tristeza o desespero de alguns Amigos que não têm trabalho ou que, quando o têm, não é valorizado e mal remunerado …Vejo com tristeza jovens que querem trabalhar e não conseguem … e os que já ultrapassaram os 50, ninguém os quer pois são considerados velhos … Acabo por me rever neles todos …. Quem sabe um dia não estarei do outro lado …
Não tenho partido, nem religião, mas tenho bom senso suficiente para perceber que algo está mal.
No próximo sábado, lá estarei na Av. Da Liberdade a marcar presença … pelos meus Amigos que estão desempregados, por todos aqueles que não lhes é permitido fazer planos de vida, por todos nós que andamos à Rasca.
Estou a pensar estacionar a moto na Rua Barata Salgueiro (algures num passeio se a polícia deixar) … ou perto. Vou tentar deixar a motita perto, mas longe da rota da multidão.
Vou mostrar o meu desagrado. Alguém quer vir comigo? Paula Kota
PS: Não é um tema “motard” mas é um tema que nos afecta a todos, os que rolam por aí

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Com a idade perde-se velocidade ..... mas ganha-se resistência
E é melhor chegar 5 minutos atrasada nesta vida que chegar 10 minutos adiantada na próxima