O Gonçalo, para além de ser uma excelente pessoa, é um atrevido do caraças. Ao sair com uma mota nessas condições, já estaria à espera que a resolução dos problemas da mota fizessem parte da aventura. Essa circunstância de ter que resolver de qualquer maneira, não importa onde, qualquer avaria, revela uma entrega quase total. Confiar muito mais na sua capacidade de dar a volta aos problemas do que os solucionar pelas suas competências técnicas, é uma aposta no humano, nas relações e na comunicação. Esta é, para mim, a maior das aventuras. Claro que a 1100 é fidelíssima. As avarias era quase todas previsíveis: rolamentos, embraiagem, filtro, subquadro e sensor de Hall (esta já tinha sido resolvida há muito tempo pela BM com a substituição do isolamento dos condutores). Também o mau contacto na cablagem era previsível. Motas com muitos anos, a atravessarem rios e poças, padecem da oxidação dos terminais. De vez em quando, por exemplo quando se tira o depósito, é preciso limpar as ligações com um spray limpa contactos. De resto, o que foi muito confortável, foi confirmar que há peças e "pessoal especializado" por todo o lado.
_________________ Prós acamados nas cabanas do tédio...não há remédio...é deixá-las arder. (Lacraus) ADVirtam-SE legasea
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