[SIZE="3"]Desculpem o desabafo …
Estou contente. Aliás, estou mesmo feliz! Sinto-me como quando faço um ror de horas de viagem e finalmente chego ao destino. Exausta mas feliz.
Nunca tinha comentado nada com ninguém, pois não sou dada a dramatismos. Sempre pensei a vida como um desenrolar de acontecimentos, uns bons, outros menos bons. Os menos bons, aqueles que mexem com a perspectiva de vida futura, são aqueles que apelam à nossa força interior, aqueles que exigem a racionalidade e a calma de forma a saber e planear a melhor forma de se resolverem.
Bom, pondo fim às lamechices de gaja ….. os factos são assim:
Há algum tempo que me dói o joelho esquerdo. Não posso fazer força, não dá para fazer pressão em determinados locais, dói quando estou muito tempo de pé, dói quando ando de moto e a perna está imobilizada. Dói quando páro, esticar a perna para segurar a moto era um gesto quase impossível, levantar a perna para subir para a moto era um suplício.
Nunca deixei de fazer passeios pois se dói na rua, também dói em casa.
O médico desconfiava de um Tumor …… e eu andava preocupada, ou melhor … Em pânico silencioso. Uma vozinha interior dizia – Paulinha tem calma, espera pelos resultados. Não comeces a fazer filmes.
Pois então, hoje vieram os resultados dos exames. Afinal é (apenas) um quisto. Ainda falta confirmar com a ressonância mas o disgnóstico para já é claramente favorável. Não me escapo a uma operação e uns tempos imobilizada. Mas o alívio é grande. Enorme. Gigantesco. Até o médico parecia que queria dar saltos de contente. Não parava de repetir – Estou muito feliz.
E eu? Eu estou nas nuvens. Nesta fase, a operação até me parece uma coisa boa. Nem sei se consigo trabalhar esta tarde. Só me vêm as lágrimas aos olhos. Nem nunca pensei que iria sentir tal alívio. Afinal, sou um bocadinho lamechas.
Desculpem o desabafo, mas hoje estou feliz. Desculpem, este texto não tem nada a ver com motos. Mas todos vocês me têm acompanhado nos últimos anos, temos rolado juntos, temos trocado umas larachas, brincam comigo por andar mais devagar. Fazem parte da minha família exterior. Por isso quis partilhar este bom momento.
Obrigada a todos e até Coimbra![/SIZE]
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