Gostei deste nome quando o encontrei.
Como que a adivinhar, fui passeando pela informação disponível sobre o IABS, ou o ABS integral que, creio equipou os modelos entre 2002 e 2006.
Mesmo sabendo que os que se dão ao trabalho de revelar os problemas que vão experimentando com as suas motas são uma parte, maior ou menor, dos propriétários, encontrei vários relatos de travões bloqueados ou ausência de travagem.
Venha o diabo e escolha.

No meu caso esteve tudo muito bem até que se acenderam as luzes de avaria após uma travagem violenta. Como fiquei com capacidade de travagem e supostamente continuaria a ficar não fiz do caso uma tragédia. A tempo iria resolver o assunto.
Pois.
No passeio TT SOFT, dei um encostão ao João Santos e mandei-o ao chão.
Não achou estranho...
Puz a hipótese da mota ter escorregado naquele chão de lama e ervas, mas pensei igualmente que poderia não ter travado.
Nunca lhe pedi desculpa e faço-o agora.
Havendo justiça, eu haveria de pagar.
Há justiça!!! Caí 20 mt à frente numa poça de lama.
A questão ficou no entanto por resolver.

Como, reiniciando a mota tudo voltava ao normal, apenas entrava em alarme com travagem quando se apertava o travão da frente a fundo, continuou a ser utilizada com as convenientes reservas.
Recentemente veio o meu puto mais velho dizer-me que ficou sem travões.
Por sorte, acabadinho de tirar a carta e por enquanto super cumpridor, quando lhe aconteceu tinha ainda muita estrada até à próxima rotunda, travou com o motor e imobilizou a mota sem problemas.
Como frequentemente andam os dois putos em cima da mota e náo tenho idéia de perder nenhum dos três e por aquilo que tinha lido, aquele ABS já estava com os dias contados.

Também sou curioso e sei que as máquinas são só isso, um conjunto de peças com funções específicas agrupadas com uma finalidade e qualquer uma dessas peças é suscetível de não executar a função prevista por uma razão qualquer, quiz pelo menos aprender com este caso.

Se conseguisse ser reparado, seria mais uma hipótese acrescentada às duas de difícil escolha; um módulo novo por 2000€ ou a aplicação daquele termo tão interessante que acabaria de vez com a incerteza e a angústia de ter um acidente devido a uma falha mecânica deste tipo. Mesmo com um módulo novo.

Old school!!!
Foi a escolha.
Perco o conforto de ter um recurso para as emergências e que já compensou tantas vezes as minhas batatices.
Ganho a responsabilidade de conduzir mais conscientemente e saber que a máquina executa o que eu determinar. Não há mais rede.

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Prós acamados nas cabanas do tédio...não há remédio...é deixá-las arder.
(Lacraus)

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Ó Leonel

Explica lá isso melhor....

Afinal fizeste o quê???

Foste esmiolar a central do ABS é isso???

Se foi isso que fizeste... espero que tenhas posto os dois conjuntos (trás e frente)

totalmente independentes... como á moda antiga...

Se o fizeste assim foi bem apostado...

E podias postar o "como fazer" aqui...

Abraço.

Começou assim,




E acabou asiim.



Depois conto.

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Ok

Ficamos a espera das cenas dos próximos capítulos.....

Abraço.

Para quem se quiser ir entretendo, estes sites têm muita informação.


http://www.bmbikes.org.uk/Forum/viewtopic.php?f=14&t=10921&p=68322

http://www.advrider.com/forums/showthread.php?t=61484&page=1&pp=15

http://www.r1150r.org/board/viewtopic.php?f=3&t=13571

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Bom,
Depois de mudado o óleo e purgados os circuitos o módulo continuou a entrar em avaria como anteriormente. Falei com o João Monteiro, chefe de oficina da Motomil, que gentilmente se ofereceu para fazer o diagnóstico a partilhar a sua experiência. A avaliação conduziu a um código de avaria que de forma redundante implicava a substituição do módulo.
Entendo a postura de não reparação da BMW. Seguramente não quereria ver a sua credibilidade associada a acidentes por falta de travagem ou bloqueio de rodas, o que pode fazer pensar que seriam várias as avarias possíveis naqueles módulos. Porém, foi um equipamento que deu inúmeros problemas e a par do rolamento da roda de traz afastou em definitivo muitos clientes e simpatizantes da marca. Os modelos evoluíram e parece que deixaram de dar problemas

Depois de o abrir, constatei a complexidade do conjunto e a obra de engenharia que ali estava. Apesar de exagerado, o preço reflete o grande trabalho de precisão das diversas peças que o integram.
Desmontámos o módulo com a intenção de aprender como aquilo era feito, admitindo que poderia acabar no lixo ou então ser canibalizado ou melhor ainda, ficar a trabalhar. Não havendo um manual de reparação com orientações e não sabendo o que procurar, fomos separando as peças à espera que a causa da avaria se revelasse.

A primeira evidência apareceu com a diferente coloração das peças.



Desmontados os motores encontrámos este cenário. Porque estaria assim, não sabemos.















Parecia que tínhamos encontrado a razão da avaria. Sendo aquele o compressor do circuito da frente, dificilmente conseguiria elevar a pressão naquelas condições. Ao desmontá-lo para o limpar verificámos que já havia algum desgaste no mecanismo e pensámos que aquele iria para o circuito de traz e o outro que estava impecável iria para o circuito da frente que no fim de contas é que acciona a travagem integral distribuindo-a proporcionalmente (70/30) pelas duas rodas.
Foi tudo lavado, soprado, mudaram-se uns quantos O rings e montado. Mais óleo, mais purgas, mais expectativa….trabalhou….trabalhou....avariou…trabalhou…avariou.

Desmonta e vai para a caixa.

FIM

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Para ficar com a travagem normal que é igualmente poderosa, foram curtocircuitadas as ligações.

A da frente ficou assim.




A de traz assim.




Falta só adaptar a parte eléctrica para normalizar a luz de presença e a do travão.
Quando fizer mostro.

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A luz de presença nada tem a ver com a luz do travão.

São circuitos separados.

Para por a luz de travão a acender tens duas ideias.

Travão da frente:

Penso eu que a manete deve ter já lá dentro um interruptor

se o tiver é muito fácil...

se não tiver, inventas um que dê para por lá.

se não der, existem interruptores para intercalar no circuito de pressão

do óleo de travões.

Travão de trás:

Tens o sistema muito facil e simples, no pedal de travão adaptas um tirante

ou uma mola ligada a um interruptor, que eu diria ser o mais facil

ou podes tb intercalar no circuito de pressão um interruptor como sugeri

para a frente.


Espero ter ajudado

Todo o que é necessário já está na mota, excepto alguns consumíveis.
Porque estes modelos com o IABS têm particularidades, algumas alterações terão que ser feitas para adaptar a gestão que o módulo fazia, à nova situação.
Uma das curiosidades é, que se a luz de presença trazeira se fundir, o filamento do travão irá executar as duas funções. É alimentado com uma tensão reduzida para a presença e os 12v para travagem. Isso é feito pela eletrónica do módulo.
A outra, é que os microswitches dos travões são normalmente fechados.
Assim, o relé será retirado para não acenderem as luzes de avaria e será usado para comandar a luz de travão.
O meu cuidado agora está em estragar o menos possível. Este modelo merece ser perservado de forma a poder voltar à configuração original.
Apesar das diversas alteraçãos que lhe fiz, tenho todo o material de origem guardado.
Vamos a ver.

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Ok Leonel

Então sendo assim vais ter dois trabalhos...

1º- Reparar fazendo bem feito.

2º- Marcar um passeio com almoço (claro) para a gente ver o tuning.....


Abraço.

E pronto, está feito.
Sem estragar material, aproveitando os componentes existentes e deixando tudo capaz de receber um ano destes um novo módulo.

Aberta a ficha para identificação dos condutores




O outro lado onde serão ligados os terminais.



O esquema de orientação.




Recorrendo a "clips"e condutores que havia por ali fez-se o circuito compacto e simples.




Tapada e fixada a ficha, fiquei com um espaço imenso que ainda não sei o que lhe fazer, mas ando com umas ideias...

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Só não mostras como resolveste os interruptores dos travões...

Era mesmo essa parte que eu queria saber...

Abraço.

Os interruptores, microswitches, já estavam instalados e foram postos em série a alimentar o relé.
Como são NC, normalmente fechados, alimentam o relé quando se liga a chave. O contacto no relé é também NC. Assim, ao pressionar um dos travões interrompe-se o relé e alimenta-se a luz do travão.

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Ok

Agora só falta mesmo a gente ver essas modificações e...

ir degustando algo....

Abraço.