[quote="Mauro Silva"]
Para quando a cró]
O tempo não é muito por isso com um mês de atraso aqui vai!
06:30 da manhã, toca o despertador!!!
Chegamos ao dia 20. Dia mas apenas cronológico, pois lá fora ainda a escuridão da noite paira sobre o céu!
Arranjo de última hora e toca a sair, pois o dia prevê-se longo! No entanto, ao atravessar a Ponte da Arrábida, deparo com a beleza do sol a romper por entre as montanhas, cenário único e sereno sobre a cidade, dava animo a este evento
Caramulo / Dão XTTreme.
Os 41 participantes inscritos para este evento advinham das mais variadas regiões do pais, desde o Minho ao Algarve, passando pelas Beiras e Ribatejo e das metrópoles de Lisboa e Porto.
O primeiro ponto de encontro estava definido para a
A.S. de Vouzela ainda na A25, onde aos poucos e a horas fomos agrupando uma impressionante caravana, para este tipo de evento. Ainda lá, trocaram-se experiências, conheceram-se pessoas, algumas dicas sobre o trajecto bem como dicas sobre a condução em TT,
pois um dos objectivos é sem duvida promover o gosto e espírito da aventura nos maus caminhos.Com a boca no trombone, perdão MEGAFONE, a Patrícia indica a todos que está na hora da partida para o Ponto de Encontro 2, onde a comitiva alargou ainda mais as fileiras.
Da saída nº 13 da A25, arrancaram 29 motas, que rapidamente iniciaram a escalada do
Caramulo, numa primeira fase, ainda em alcatrão, mas por um percurso sinuoso e por entre as giestas que tentam reconquistar o espaço à estrada, já se respira o ar puro do campo, este trajecto curto trajecto de 6 kms visava uma transição pacífica até chegar ao primeiro troço em terra.
Já com a rodas a rolar na terra batida, contornamos toda a face norte do
Caramulo, avistando ao longe a cidade de
Viseu foram 5 kms até chegar a aldeia de
Adsamo.
Com a entrada em terra surgem as primeiras dificuldades, com os regos rasgados devido à passagem das águas. Claro que com as dificuldades vem as ajudas e o companheirismo. Ponto forte e sempre presente no fim-de-semana.
Depois da aldeia rapidamente entramos em plenas auto-estradas de terra, sempre na crista formada pelo
Caramulo em direcção a sul, a altitudes de 1000m. O facto da serra ser, no seu topo, despida de vegetação, permitia observar a extensa caravana por dezenas de kilometros, numa moderna alusão à narrativa de Cervantes, quais D. Quixotes entre os Moinhos de Vento, pois além de circular por entre os novos moinhos de vento também o dia foi pleno de amizade, enternecimento, encantamentos, loucuras e divertimento à semelhança da dita obra.
Ainda no dorso do
Caramulo, pequena paragem no sopé do seu ponto mais alto, o
Caramulinho, com algumas incursões a ver quem chegava mais alto.
Dai rapidamente atingimos a última aldeia no
Caramulo,
Malhapão de Cima, onde estava preparada uma pequena passagem numa estrada esquecida que recortava a montanha, deixando algumas pedras no percurso que dificultaram a passagem até passar pelo interior e quando refiro interior, refiro mesmo o átrio deste aglomerado, mas nada que a camaradagem não superasse a dificuldade.
Desde aqui foi sempre a descer pelos caminhos florestais bastante utilizados pela população, quase como as únicas vias de comunicação existentes.
Devido ao calor dos últimos dias, o pó marcava presença à nossa passagem.
Na descida era já possível ver em frente o
Vale do Dão, local para onde nos dirigíamos, atalhando um pouco pelo alcatrão de forma e evitarmos um percurso com uma dificuldade superior. Nesta ligação de alcatrão tempo para almoçar, junto ao
Rio Criz, num local bem aprazível onde não faltou a bela da Alheira Assada, bem regada pela boa disposição à sombra dos amieiros e sobre a erva verdejante.
Percorremos ainda mais alguns kilometros para matar o vicio do café, que decorreu na localidade de
Nagosela, para gáudio dos habitantes ao assistirem a tanto maluco de mota.
Daqui rapidamente descemos ao vale do
Rio Dinha, para percorrer a linha de comboio, entretanto desactivada. Foi estupendo percorrer este trajecto, ainda salpicado de gravilha, mas que permite rolar numa estrada esculpida entre as rochas nalgumas zonas.
Alguns kilometros mais à frente abandonamos a linha de comboio, para efectuar a travessia a vau do
Rio Dinha.
A partir daqui foi sempre a subir montanhas e descer aos vales, por entre as florestas de pinheiros e carvalhos que servem de abrigo a esquilos, vários foram observados durante os reconhecimentos. Ponto alto também na travessia de uma quinta de produção de perus, em que estes pavoneavam-se ao ar livre.
Com o sol a querer esconder-se entre as montanhas, decidimos terminar em
Pinheiro, ficando a faltar apenas 7 kms para terminar todo o percurso definido. Mas tempo ainda para alguns continuarem a viagem até ao seu final, sendo este cumprido em nocturna.
E que últimos 7 kms?!?!?! dirão alguns.
A logística ficou sediada em Penacova, onde pernoitamos no
Parque de Campismo da Federação de Campismo, promovendo uma vez mais o contacto com a natureza. Jantamos no
Restaurante o Cota, que resumindo comeu-se bem, muito bem, e barato, num ambiente bem descontraído e confraternização, com muitas estórias, peripécias e afins.
O acordar no Domingo foi acontecendo à medida das vontades de sono de cada um. Uns dormiam outros, quais autênticas moto-serras preparavam o rigoroso Inverno com corte da madeira para as lareiras.
Após a diversão matinal, em jeito de aquecimento, tal era o frio que se sentia junto ao Mondego, arrancamos para a última parte do percurso, ligar
Penacova a
Santa Comba Dão, percurso já feito na edição 2007 do Lousã-Estrela.
Como não poderia deixar de ser os primeiros kilometros foram os mais complicados, com uma subida relativamente fácil, transformada em Subida Impossível devido à terra-pó com cerca de 30cm, que impedia as motas de terem tracção, isto é algumas.
Por isso ao fim de algumas, várias tentativas, toca a atalhar para fazer a mais bela parte do percurso, percorrer todo o limite da
Albufeira da Barragem da Aguieira, troço rápido e bastante sinuoso.
Tempo ainda para explorar uma estrada afundada pela criação da barragem que entretanto voltou a ficar “circulável”. Daqui improvisou-se um pouco até deparamo-nos novamente com uma linha do comboio, mas desta vez não desactivada e bem activa.
Tudo terminou em
Santa Comba Dão, sob um magnífico relvado verde.
Participantes Rui SantosR1200GS
Pedro SantosHonda NX4
Pedro NogueiraR1200GSA
José CalheirosKTM990Adv
Rodrigo PereiraR1200GSA
GilPatrol GR
Cláudio CândidoR1200GS
Luis PereiraR1200GS
Rui BarbosaR1200GSA
Rui SanchesKTM990AdvS
Ricardo AndrésR850GS
Luis BorgesHonda XRV 750
Hans FreitasKTM990Adv
Nuno RR SantosR1200GSA
Christophe FerreiraR1200GS
Nuno CésarKTM990Adv
PaulãoDominator
Antonio NetoR1200GS
Hugo FigueiredoR1150GS
PeresR1200GS
Elisa VazF650GS
José FonsecaMoto Guzzi Quota 1000
MikaTiger
Fernando FerreiraR1200GS
Filipe EliasF650GS
Pedro VinhalVaradero
José BacelarR1200GSA
Patricia CruzMauro SilvaR1200GSA
Catarina AlmeidaCarla AlvesR1200GS
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