Antonio José Costa Escreveu:
Gil, ainda bem que apareceram as malas, agora só resta reparar o estrago e rezar para que não volte a acontecer. Pelo teu texto a principio até pensei que tinha sido alguem daqui a fanar as malas, dado o tipo de linguagem nada próprio a meu ver, e não é por te expressares assim que as malas vão aparecer ou deixar de aparecer e vandalos e ladrões vai continuar a haver sempre. Bastava pores uns asteriscos nas asneiras, penso eu ( o nosso forum felizmente tem muitos leitores e sempre primou pela contenção de linguagem)
Esta é só a minha opinião acerca do modo como foi escrito o texto, mas estou completamente de acordo contigo em tudo o que escreveste, só que eu escrevia de outra maneira aqui no forum.
Caro antónio... As palavras foram escritas a quente na hora imediatamente a seguir a ter-me deparado com a F800ST desnudada.... estropiada e violada na sua dignidade.
Perante a minha total impotência relativamente ao facto consumado, as palavras, podem ser usadas como espelhos da alma... puras e duras como
é a realidade que nos rodeia diariamente... e cada vez mais.
Não é bonito eu sei... mas talvez nunca te tenha acontecido nada do género, pois se tivesse acredito que terias entendido a violência das palavras como uma forma de exorcitar a raiva toda contida por não conseguir partir as pernas aos responsáveis.
Posso estar enganado, e se for o caso peço desculpa.... no entanto, já procedi à respectiva suavização do texto...
Tal como toda a sociedade contemporânea....quer-se tudo limpo e com as misérias escondidas debaixo do tapete...
Ainda à pouco via os bombardeamentos na faixa de Gaza.... estávamos a jantar, e na TV passavam massacres de crianças, e famílias.... mas como é longe e na TV o sangue não suja, já nem ligamos... já nem nos choca!
Se fosse no nosso bairro, se calhar a indiferença das injustiças do mundo seriam levadas mais a peito... o nosso sangue latino falava mais alto e ningém conseguia continuar a comer perante tão degradante espetáculo... mas... como o pacote até está bem arranjadinho para esta sociedade de consumo.... vai passando... vamos comendo e calando... sempre civilizadamente... sem garra, sem sal, sem alma!
Vão-nos entrando no carro num semáforo, levam a carteira, o dinheiro, o carro, rebentam-no contra um muro a fugir da polícia.... e nós agradecemos... pagamos os impostos para lhes dar os subsídios de inserção ou rendimento mínimo de bagabundice.... sempre com um sorriso nos lábios... não os queremos traumatizar!
Até ao dia que somos nós! Ou até ao dia que no banco de trás desse carro até estava uma cadeirinha com o nosso único filho....
Lembra-me a deixa dos pinguins do filme "Madagascar 1" - "
É sorrir e acenar rapazes.... sorrir e acenar" No entanto, reconheço que num espaço público devemos conter-nos e é por isso que aqui deixo
as minhas desculpas a quem se sentiu lesado pelas expressões utilizadas.