 |
Experiente |
 |
Registado: sexta set 08, 2006 12:31 am Mensagens: 512 Localização: Torres Vedras
|
A ideia Esta viagem começou nas nossas cabeças algures em Outubro de 2008, quando juntamos um grupo de amigos que tinham a ambição de visitar Marrocos num futuro breve. Ao Longo de vários meses foram-se planeando estratégias de trajectos e de estilos de viagem, tendo em conta aquilo que cada um pensava fazer como viagem ideal. No inicio de 2009 definiu-se a data de partida para Abril conciliando as diversas agendas e também as condições climatéricas mais favoráveis em Marrocos. O Trajecto Como quase todos tínhamos alguma experiência em offroad, foi consenso geral que sempre que possível iríamos fazer trajectos fora do alcatrão. Fizeram-se testes e ensaios as capacidades de carga das varias motas, uma vez que 3 motas iriam fazer a viagem com 2 passageiros, assim como um test drive no Alentejo com 230km em offroad, que pos a prova a coragem das penduras. Um agradecimento ao Paulo Lança que nos acolheu e nos proporcionou um verdadeiro teste e também um excelente dia. Por fim definiu-se um trajecto misto, tendo em conta os locais a visitar, haveria 3 dias de puro offroad, sendo os restantes feitos em pisos definidos a priori como em alcatrão, contudo no local seriam avaliadas as diferentes possibilidades. Datas e Locais Partida de Lisboa / Porto a 17 Abril 2009 Passagem por : BejaSevilhaTarifaTangerChefchaouenFesAzrouKhenifraBeni MellalKsibaImilchillAgoudalTinerhirErfoudMerzougaTaouzZagoraOurzazateMarrakechOuzoudMeknesLaracheTangerTarifaSevilhaBeja Chegada a Lisboa / Porto a 26 de Abril de 2009 Os Participantes Ricardo e Marisa - BMW R1200GSPaulo e Sandra - KTM 990 Adv SNuno e Marcia - HONDA Africa TwinPaulo Cruz - BMW R1200GS AdvPedro Cabral - BMW R1200GS AdvAndre Andrade - BMW R1200GS Adv A Viagem Dia 1 O dia amanheceu muito cinzento com muita chuva, enquanto os Lisboetas acordavam, os Portistas já se faziam a estrada.Com muita ronha la fomos andando ate ao ponto de encontro estabelecido, a Galp da Ponte Vasco da Gama. Os primeiros a chegar, o Nuno e a Márcia, foram os únicos a cumprir o horário previsto.30 minutos depois la chegou o Ricardo e Marisa e 15 minutos depois destes o P. Cruz e o P. Barroso e a Sandra.Como a malta do Porto ainda estava a caminho, fizemos-nos a estrada, fazendo o primeiro pit stop logo a seguir para a despedida e abraços de uns amigos, apontando de seguida ao objectivo de almoço. Mesa reservada na D. Francisca, perto de Beja.La chegamos com muita chuvinha com companhia, todos reunidos para um manjar que nos deu forcas para aguentar as aventuras da viagem. Tivemos a companhia do nosso amigo Paulo Lança como nao podia deixar de ser, estando nos no seu território e numa casa que ele nos deu a conhecer.Barriguinha cheia e quentinha, despedidas e abraços dos amigos alentejanos e siga que ja se faz tarde e muitos quilómetros ha que percorrer.Com a pensão reservada em Tarifa, fomos andando com calma, devagarinho porque a chuva nao estava para brincadeiras. La chegamos a tempo de jantar numa pizzaria tradicional com forno a lenha. Bem instalados la fomos dormir e sonhar com a aventura que se aproximava, desejando que a chuva se fosse embora. Dia 2 Acordar cedo, arrumar a tralha, ohh nao ta a chover outra vez, arrancar para o porto, comprar bilhetes, tomar pequeno almoço, epah já ta na hora do barco nao ha tempo, entrar no gigante, amarrar as motas, instalar nos sofazinhos e ahhhh descansar um bocadinho. E agora, já nao ha volta a dar, África ai vamos nos. Onda para cima, onda para baixo, trinca na sandes, preencher papelada, elah que a fila da alfândega ta grande, a gente espera, sem stress, la fomos carimbados, arrumar tralha, sair do gigante e entrar no porto, caos, muitas ajudas a forca, confusão, pera la, vamos la resolver isto em conjunto e sem contribuir para a economia paralela em Marrocos, espera um bocadinho que a policia nao lhe apetece, ja apetece afinal, carimba aqui e ali, vai ter com este e aquele e pronto ja esta. Saída em filinha pirilao, paragem para abastecer de Dhrs e atestar as miúdas. A chuva continua. Tanger nao e’ simpática, nao gostamos e queremos sair dali o quanto antes, primeiro impacto com o transito numa cidade marroquina, ha que nos adaptarmos as “regras” locais. Apontamos a Tetouan / Chefchaouen, muito verde, muitas obras, nacional com muito transito e a chuva que continua.Almocamos no centro, polho com salada, bem bom para retemperar as forcas. acabamos por nao ver a cidade em pormenor pois a chuva sob de intensidade e torna tudo desconfortavel. ultimas fotos e ai vamos nos. o caminho para fes revela paisagens bonitas, continuamos sob o designio do verde, a caravana segue a bom ritmo e por fim la a chuva acalma. O Ricardo e o P.Cruz seguem na frente e decidem parar uns instantes pois nao ha sinais da malta no retrovisor, esperamos, esperamos, epah deve ter acontecido alguma, pararam pra tirar fotos? Sera, chega telefonema, afinal a KTM furou, toca de voltar para tras e dar “assistencia”. ja sao quatro da tarde e ainda faltam 50km para Fes, convem transformamo-nos em mecanicos especializados senao chegamos de noite. primeira tentativa de remendo, nao resulta. passa um rebanho, uma vaquinha ou duas e uma data de marroquinos a olhar e a apitar. segunda tentativa e a noite ja esta a cair, toca de arrumar a trouxa. ao sairmos a GS do Ricardo cai pro lado ao tentar “estacionar”, mais uns minutos de espera, espelho partido, ego ferido, nada de mais. arrancamos ja de noite. Em Fes tinhamos uma referencia de hotel, apontamos directamente a ela, entramos no coracao da cidade, as portas da medina. O preco da referencia e’ caro, decidimos apontar a outro lado, com a oferta a chatear mm ao lado o amigo Abdul salta pra mota do cruz e diz que nos vai mostrar um bom local. Entramos dentro da medina, curva praqui, curva prali, beco ‘a esquerda, rua ‘a direita, entramos no labirinto. vamos dar a um hotel de charme, mto bonito no seu interior, e com preco a condizer com o que vemos. la apertamos os amigos marroquinos, acabamos por ficar. depois de uma ducha rapida, vamos jantar. O amigo Abdul conduz-nos pelo labirinto de Fes, a noite e com mto lixo no chao la vamos deambulando pela medina, fazendo planos para o dia seguinte. chegamos ao restaurante igualmente com preco acima da media. Bom para os olhos e para a boca, mau para a carteira. Foi o primeiro contacto com comida tradicional. Gostamos. De volta a “casa”, as ruas desertas do labirinto impoem respeito. Adormecemos a pensar que amanha teremos um dia de sol e que recuperamos o atraso no programa. Dia 3 Acordamos cedo. As coisas comecam ao contrario do que tinhamos pensado. a chuva continua e o remendo no pneu da KTM nao aguentou. O grupo divide-se. Uns vao tentar arranjar o furo, outros ficam junto das outras motas (desta vez somos nos os guardiões das motas :P). Pneu remendado, toca de sair dali que os planos ja estao do avesso. A visita ‘a famosa medina fica para outro projecto. Arrancamos com chuva intensa em direccao a Azrou. Pelo caminho a KTM comeca a querer fugir. O pneu da frente continua a dar chatices. Paragem forcada em Imozzer - Kandar, pequena vila. La matamos o problema do pneu de uma vez por todas, uma vez que por milagre a oficina local tem uma camara de ar suplente. Decidimos almocar por ali. Voltamos a fazer ponto de situacao na esperanca de se conseguir alcancar objectivo do dia, mas o prognostico e’ muito reservado, vamos andando a ver como corre. A chuva la vai desaparecendo aos poucos, passamos por Ifrane e pensamos que estamos na Suica ou na Austris, pois o cenario nada tem a ver com aquelas paragens. Em Azrou fazemos ponto de situacao e apontamos ao objectivo inicial. Dai ate Khenifra passamos por paisagens espetaculares, ficamos literalmente de boca e bracos abertos com a imensidao e beleza daquilo que nos aparece diante dos nossos olhos. Em Khenifra olhamos para o relogio e toma-mos a decisao de procurar alojamento perto de El Ksiba, deixando a subida para das montanhas para o dia seguinte. Chegamos ja a noite se instalou. Albergue e Hotel local estao cheios, apos dia inteiro a rolar, ja saturados dava mm jeito parar por ali. Sem alternativas somos forcados a fazer mais 30km a Sudoeste ate Kasba Tadla. Aqui espera-nos o mesmo resultado da localidade anterior. E la vamos nos mais 30km para baixo ate Beni-Mellal. Ja completamente KO’s ficamos instalados num alojamento bastante simples, felizmente com preco a condizer. Saimos para trincar qualquer coisa e recolhemos cansados.... Continua Nota: o texto foi escrito num pc com teclado ingles, pelo que para alem dos erros do autor, ha mta falta de acentos e de ç's.
_________________ Ricardo Andrés ||| BMW R1200GS ||| KTM 690 Enduro R
|
|