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Experiente |
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Registado: sábado nov 18, 2006 8:11 pm Mensagens: 1029 Localização: Lisboa
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Um relato bem atrasado. Mas mesmo fora de tempo é sempre tempo de recordar bons momentos. Se é que ainda me vou conseguir lembrar dos pormenores. E se houve muitos …. Aqui vai …. Para quem tiver paciência de ler tudo ….. Ora bem … era uma vez um grupo de aficionados de motos (de uma marca alemã …:fixe: ) que comunicam através de uma plataforma electrónica a que se dá o nome de fórum BMWCKLT. E por lá vão trocando informações técnicas e menos técnicas, larachas, desconversas e off-topics. Para celebrar tal mostra de sapiência, decidiram comemorar os anos em que andam nestas lides cibernéticas. E vai o quinto ano ….Tudo começa pelo mote “aniversário” que não é nem mais nem menos que uma desculpa para fazer uns quilómetros e, principalmente, devorar uns petiscos e umas cervejolas. Depois de uma lista de participantes começam as combinações de percurso, algumas delas muito mal combinadas, alterações em cima da hora, estradas supostamente rectas que encurvam de repente. Eu não fui com combinações. Não posso descrever a viagem do grupo até Mangualde pois parti mais cedo e andei a deambular por vilas e aldeias no centro do país (o meu GPS é um clássico de papel, mas afinal é giro andar perdida nos montes), no entanto assisti à chegada dos heróis que nem vinham cansados mas apenas com calor. Mas não, não é na piscina que o calor passa, é mesmo é abancar no bar, agarrados a um estranho líquido de cor amarela que evaporava rapidamente tal era o “calor”. Destaque especial para a turma dos caloiros nestas andanças que de copo na mão e olhar esbugalhado ouviam as primeiras trocas de galhardetes entre os membros veteranos desta Comunidade. Claro está que os mestres de cerimónia só podiam ser os representantes daquela associação maléfica que organiza (mal) uns eventos para incautos que se fartam de apanhar chuva sempre que alinham com eles. Mas adiante …. E lá foram chegando mais convivas para o bar, cada um que chegava estava logo desgraçado pois a pena do atraso era o pagamento de uma rodada. Quanto mais tarde chegavam mais pagavam. Nesta altura os caloiros até estavam contentes, já tinham chegado sequiosos de conhecerem aquela malta das BMs e até ajudavam à festa, mais ambientados com o “calor” das jolas. Só a recente caloira feminina se tinha ausentado para local recatado, cansada de dominar os 110 cavalos pela Estrada da Beira, enganada a meio do percurso, pensava ela que ia até Mangualde sossegadinha por estradas largas e direitas. Histórias de aniversários passados, de passeios memoráveis, de figuras tristes de alguns, despiques e debates, a conversa foi pela tarde dentro, a pilha de copos vazios ia aumentando exponencialmente, até que se conseguiu quórum para a primeira actividade – Todos ao banho! E lá foram, a correr que nem crianças a ver quem chega primeiro à água, sorridentes e travessos, foram todos, mesmo todos, até a máquina fotográfica da vítima do costume se juntou à festa e lá foi ela para dentro de água. Golfinhos, cachalotes e lontras chapinhavam, mergulhavam e assustavam os restantes hóspedes do Hotel que iam saindo da piscina, sorrateiramente, pasmados com tanto burburinho. A certa altura os tais hóspedes correram desesperadamente para a segurança dos quartos …. Apareceu a Baleia Branca. [font=Arial]Após este triste episódio os convivas rumaram aos quartos para se restabeleceram do susto. O repasto estava marcado para as 20 horas, em puonto, dizia o Mestre Oliveira. Uma vez refeitos da aparição horrenda, lá se juntaram todos de volta de uma panelita de sopita, uma travessa de carnes e enchidos, arroz e salada, refeição frugal comparada com a orgia de petiscos, devorada na Feira Medieval que ainda restolhavam nos estômagos. Estava na hora de afinar as gargantas. A anunciada surpresa chegou. Mestre Oliveira apoderou-se do microfone e mais ninguém o calou. Apresentou-se às mesas, divulgou as regras da competição, obrigou a malta a pensar em nomes de equipas, a escolher os desgraçados que iriam para as luzes da ribalta. Como se não bastasse, tinha o apoio duma tal de Kota a fingir que era escriba, com uma caneta ameaçadora ia listando as vítimas, uma a uma, para a anunciada surpresa ……. Karalhoque nocturno! Uma parceria Norte-Sul, uma dupla de fazer fugir o mais afoito, uma partidinha combinada com requintes de malvadez. Era só o que faltava para termos uma indigestão … ouvir a Comunidade agarrada ao microfone a cantar o pimba. É claro que as músicas foram escolhidas com muito empenho, qual delas a mais pirosa, daquelas que todos dizem mal mas sabem a letra toda. Desde a Mónica Sintra ao Emanuel, passando pelo Quim Barreiros e as Doce, o ponto alto no Zé Cabra e a sorte deles é que o CD da Ágata estava avariado. Perfilou-se o júri, composto por um elemento de cada mesa, nem sei se parecia o júri dos ídolos ou se um pelotão de fuzilamento. Olhar astuto e ouvidos afinados, baba a escorrer nos cantos da boca, aprumados para a carnificina, preparavam-se para pontuar de um até cinco pontos. Dá-se início à desgraça. A criatividade foi surpreendente …ora vejam os nomes das equipas: [color=blue]Afonso de Alb y querque Noddy-Krull Papakumama Mord’a Foca Papa-Léguas [/color][/font]
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Com a idade perde-se velocidade ..... mas ganha-se resistência
E é melhor chegar 5 minutos atrasada nesta vida que chegar 10 minutos adiantada na próxima
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