Ok, ok, não é uma BM mas à sua maneira também é sexy.

E não tem medo de uns maus caminhos, de vez em quando.
Uma de corpinho inteiro... Mas... mas... qu'é aquilo branquinho lá ao fundo?
Isto? As fotos são tiradas do alto da Serra da Nogueira, vinte minutos a sudoeste de Bragança.
A vista num dia limpo por estas bandas para Norte é esta (a cinco minutos do centro da cidade). É o maciço montanhoso da Sanabria.
Mas não há neve apenas na Sanabria.
A Serra da Nogueira domina a zona a sul da cidade, tem todos os retransmissores de rádio, TV, telemóveis, radio-amador e mesmo umas velhas antenas de comunicação militar (na foto seguinte). Desde há poucos anos tem um posto de vigilância de fogos florestais e uma pista de helicópteros. Num plano menos tecnológico, esta Serra, menos conhecida do que o Parque Natural de Montesinho (a Norte, e fazendo fronteira com Espanha), alberga o maior carvalhal primitivo do país.
Lá de cima o cenário é este. Não aparece na foto, mas por detrás de todas aquelas antenas, está a velha cidade de Brigantia.
Imagens tiradas na barragem (de rega) de Gostei, uma aldeia a 5 minutos de Bragança. Com as chuvas dos últimos meses está no limite da sua capacidade.
Ainda se lembram dos ventos fortes que assolaram o país há poucos dias? Pois a Serra lembra-se! Nos arredores de Bragança, os terrenos que tinham plantações de pinheiros um pouco mais espaçados, o vento derrubou árvores de médio porte em largas áreas. As árvores foram literalmente partidas...
... ou derrubadas pela base e as fortes raízes desenterradas, às dezenas.
Vamos lá então espreitar o lado espanhol, onde se vê todo aquele branquinho (e os gigantescos parques eólicos dos espanhóis)...
No caminho, em cantos abrigados do sol, ainda resistem algumas bonitas e caprichosas formações de gelo.
Já em Espanha, mais perto daqueles montes nevados, o tempo começava a mudar e mostrava-se instável. Para a fotografia isto é uma festa. As cores são incríveis.
Estava frio, muito frio. Parei para abastecer com a gasolina "baratinha" de nuestros hermanos e para um cafe con leche retemperador, numa estação de serviço em pleno trajecto das Rias Bajas (a grande auto-estrada que vem de Orense e une a Galiza ao resto de Espanha). Começou a nevar. Pequenos flocos fofos. Estava a uns 1300 metros de altitude e um túnel na estrada nacional que corre paralela às Rias Bajas (A-52) e que "ninguém" já usa, estava cheio de placas de gelo no interior. Passei com o maior cuidado.
(continua)