[font="Arial"][SIZE="3"]Tenho fome. Páro numa pequena vila, dirijo-me ao centro. Por entre uma arcada entro numa praça medieval, uma igreja em pedra, casas com varandas em madeira, uma esplanada deserta. Entrei no café, balcão corrido, mesas de madeira, chouriços pendurados, uma vitrina cheia de presunto, queijo afogado em azeite, mexilhões encavalitados em fatias de pão. O dono, homem de meia-idade, barrigudo, camisa coçada, cabelo preto penteado para trás, conversava com o único cliente.
Olhou para mim …. Pedi-lhe um
bocadillo. Limpou as mãos às calças, cortou metade de um cacete, passou a mão pelo cabelo brilhante e besuntado, abriu um embrulho de papel vegetal de onde apareceu um bocado de fiambre amarelado. Um olhar mais atento e percebi que na vitrina havia uma festa de moscas, o ar cheirava a mofo. O homem fungou, limpou-se à manga, as manápulas peludas a fazer a sandes. Uma verdadeira
Bodega!
Perdi a fome.
Saí dali rapidamente, nem olhei para trás. Voltei à estrada e segui caminho.
O
bocadillo .... ficou lá ....
[/SIZE][/font]
...
.
_________________
.
http://paulakota.blogspot.com/
http://milhasaocontrario.blogspot.com/
http://estradadasespeciarias.blogspot.com/
http://diarioatebissau.blogspot.com/
_______________________________________________________
Com a idade perde-se velocidade ..... mas ganha-se resistência
E é melhor chegar 5 minutos atrasada nesta vida que chegar 10 minutos adiantada na próxima