O verdadeiro artista é o que entra em palco após a meia-noite, depois de uma excelente apresentação do Santos Borbolla, com a audiência toda mal dormida e cansada da agitação e dos passeios do dia e, depois de uma breve hesitação inicial entre um dircurso mais composto e mais convencional ou ser ele mesmo, se lança numa apresentação de excelente entretenimento até às tantas da manhã, perante uma plateia entusiasmada. E à mistura, com boas dicas de viagem por Africa. Por isso a vénia ao João Luís.

Já o passeio, em si, para ir ver a bola, foi fácil, e por isso nada que mereça especial destaque...

Dizer que é "fácil" é uma tenebrosa provocação à malta (mas arranja-me um cunhado assim e vais ver se não te dou razão, João Luís

), mas dá para perceber a ideia, que é bem simples. Haja algum tempo e dinheiro e com real vontade e determinação, qualquer sonho de viagem se pode tornar uma realidade. As "grandes viagens" não são um mito; antes aventuras ao alcance de qualquer um, suficiente motivado, que coloque o seu projecto numa prioridade alta na sua vida.
Gostei do encontro! O tempo esteve divinal, o que ajudou bastante às palestras ao ar livre, muito agradáveis e desta vez havia restaurante aberto no local

, piscina, a barragem para um mergulho; não faltou nada por ali. Boas histórias de viagem e uma série de motivos adicionais de interesse: workshops, firmas de equipamento, possibilidade de
test rides. É o meu segundo Travel Event, e parece-me que há qualquer coisa que começa a tomar corpo, que não havia em Portugal. Um ponto de encontro de razoáveis dimensões de portugueses que gostam de viajar e partilhar as suas experiências de viagem.
Ao João Dias, que na primeira e completíssima apresentação do encontro (viagem ao Cabo Norte), confessava não compreender porque as pessoas gostam de viajar a solo, espero que a noite de sábado tenha lançado alguma luz sobre estas razões. Conquanto uma viagem em grupo com os companheiros de viagem "certos" seja uma excelente e válida opção, a viagem a solo continua a ser para mim, a mais intensa das experiências, por nos "obrigar" a ir ao encontro dos povos que visitamos e por ser o mais completo encontro também connosco mesmos, sem "rede" e sem capas e "disfarces".
Ao Rui Baltazar e à equipa que pôs isto de novo de pé, a minha vénia pelo que proporcionou aos que foram a Avis no fim-de-semana passado.
Pôr do Sol no sábado e "novo fã" entusiasmado...




Zé Paulo.