Caríssimos, Tal como sugerido gostava de partilhar convosco a experiência do meu primeiro mês de carta de condução. Tive a oportunidade de fazer muitos kms, pois só assim se vai ganhando confiança com a moto e com o meio. O passeio inicial foi ao Cabo Espichel com os Hadocs e outros amigos. 200 kms em que tudo foi feito a medo, as curvas, o vento, as ultrapassagens, os semáforos, a ponte, a azelhice era total. Valeu-me a presença dos amigos, pois com eles pude perceber como são as trajectórias em estradas sinuosas, as distâncias de travagem, etc. No regresso a casa, na A2, dei quase 130Kms/h, ehehehe... uma loucura! Nesse mesmo dia, e já sozinho, quis fazer uma estrada que já sonhava fazer há muito tempo, o caminho de Sintra para a Praia Grande (quem conhece, sabe de que curvas estou a falar). Foi tudo muito lento, as acelerações, as travagens, as reduções foram péssimas, valeu pela experiência de andar sozinho e de ver o pôr-do-sol na praia. O segundo passeio, a A Épica Viagem dos Hadocs à Mítica Francelos, foi uma viagem de 800 kms ao Porto, em que pude perceber o que é andar na Segunda Circular em hora de ponta (sem furar pelo transito, claro) e andar em auto-estrada. Foi o primeiro contacto com ultrapassagens a veículos pesados, foi também a primeira vez que andei a uma velocidade maior (sem exageros, claro), foram as primeiras curvas a 150kms/h. Foi o andar à noite, tb uma novidade. No regresso, com tempo seco, pude comprovar a fantástica moto que tenho, muito confortável, muito estável e segura. Acelerei mais um pouco.... quando cheguei, nem sentia as ancas e as mãos, tal era a força que fazia para “agarrar” a moto (chamam-lhe falta de hábito). A terceira saída foi à famosa Caldeirada de Peniche, mais 250 kms de experiência. Neste passeio a novidade foi mesmo a chuva! Para ser sincero, estava com mais receio, afinal não é nenhum bicho papão. Os cuidados têm de ser ainda maiores e a velocidade reduzida. A roupinha impermeável deu jeito! A quarta volta teve como destino o Algarve, num total de 750 kms feitos pela costa alentejana a um ritmo calmo (100/120) pude testar a moto em estrada nacional, perceber os timings das ultrapassagens, as curvas da Serra de Monchique e ver a paisagem fantástica que temos. Foi aqui que apanhei o primeiro “susto”.... entrei depressa demais numa curva apertada demais.... o pé foi ao chão... e não aconteceu nada.... a trajectória alargou...mas rapidamente retomei a faixa. Entretanto como um azar nunca vem só.... e como queria experimentar a moto em estrada de terra batida... experimentei também o que é levantar 200kg... tratou-se do típico escorregar do pé na terra... nada de grave... não causou qualquer dano. O regresso foi pela A2 a um ritmo rápido... com consumos “rápidos”!!!!!! A última viagem foi no passado fim-de-semana à Serra da Estrela....... que espectáculo!!!! A ida foi toda feita de noite em auto-estrada, a um ritmo constante (140/150). A dificuldade foi aperceber-me das distâncias e velocidades de quem me precedia, de noite as coisas ficam mais difíceis. Notei também que a vista se cansa mais depressa. À chegada a Serra, o frio apertou, mas não há como uns punhos aquecidos para resolver o assunto. O dia seguinte foi passado na moto, a curvar na Serra..... uma verdadeira delícia.... a GS é fantástica, curva muito bem, tem um binário excelente, foi um dia de muito prazer. O regresso foi feito pelos estradões do Alto Alentejo, passando nas barragens de Belver e Montargil... muito bonito! À chegada a Lisboa, com transito intenso, já me aventurei pela “faixa do meio”, devagar mas com mais confiança que no início. Quanto aos consumos, não poderia estar mais satisfeito, conseguindo médias de 4,8 lts/100. Em conclusão, posso dizer que foram 3.000 kms de muita aprendizagem e muita satisfação, pelo que espero ansiosamente pelos próximos!!!! Bjs e Abraços Miguel
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